Missão da OEA considerou que em “um contexto de alta tensão e polarização, a cidadania brasileira demonstrou maturidade e compromisso cívico”.| Foto: André Rodrigues/Arquivo/Gazeta do Povo
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A missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou nesta segunda-feira (3) que as eleições brasileiras ocorreram “com ordem e normalidade”. A entidade divulgou um relatório preliminar sobre o primeiro turno do pleito. O chefe da missão de observação eleitoral da OEA, Rubén Ramirez, disse que em “um contexto de alta tensão e polarização, a cidadania brasileira demonstrou maturidade e compromisso cívico”.

“A jornada eleitoral esteve marcada pelo entusiasmo e a alta participação dos votantes . As eleições se desenvolveram com ordem e normalidade. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entregou resultados de forma profissional e oportuna e se determinou que haverá um segundo turno em 30 de outubro. Os resultados foram reconhecidos por todos os atores políticos”, afirmou Ramirez em um vídeo divulgado no Twitter.

A entidade vai acompanhar o segundo turno das eleições no próximo dia 30 de outubro. Ramirez fez um apelo para que “os atores políticos a abandonar a polarização e os ataques pessoais, e aproveitar essa oportunidade prevista na Constituição brasileira para convencer o eleitorado com base em propostas e programas”.

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No dia da eleição, os observadores também visitaram 222 locais de votação. “Da sala de totalização do TSE, os técnicos da OEA constataram que o fluxo e a consolidação de resultados funcionaram de maneira adequada em todo momento”, diz um trecho do relatório. Para os observadores, apesar das filas, a votação ocorreu de forma” tranquila”.

Eles ressaltaram também que haverá pouca representação das mulheres nos espaços políticos. “A Missão adverte, por último, que uma vez mais as mulheres continuarão marcadamente sub-representadas nos principais espaços de decisão política do país. Os dados difundidos pelo TSE indicam que, concluído o processo, apenas 2 de 27 governos estaduais ficarão em mãos de mulheres. Quanto ao senado, das 27 cadeiras em jogo nestas eleições apenas 4 serão ocupadas por mulheres”, diz o documento.

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