Procuradora pede a responsabilização penal dos dirigentes da PRF caso fique comprovado que as ações tiveram desvio de finalidade.
Procuradora pede a responsabilização penal dos dirigentes da PRF caso fique comprovado que as ações tiveram desvio de finalidade.| Foto: Divulgação

O Ministério Público Eleitoral (MPE), por meio da Procuradoria Regional Eleitoral do Distrito Federal (PRE/DF), pediu para a Promotoria de Justiça Eleitoral do Distrito Federal a abertura de investigações contra a cúpula da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em razão das ações realizadas no último domingo (30) durante o segundo turno das eleições, quando a PRF fez uma série de operações e blitz pelo país, principalmente no Nordeste.

Segundo o órgão, as ações da PRF que, segundo informações noticiadas pela imprensa foram previamente estabelecidas, estariam, por meio da fiscalização do transporte coletivo de passageiros, dificultando o acesso de eleitores a seus respectivos locais de votação. “Ainda de acordo com as notícias, o fato ocorreu principalmente em regiões onde um dos candidatos teria a tendência de obter maioria de votos, segundo apontado por diversos institutos de pesquisas eleitorais e baseado, ainda, no resultado do primeiro turno”, diz o MPE em nota.

“Caso confirmado esse quadro, trata-se de uma situação extremamente grave e que atenta contra o Estado Democrático de Direito. Nesse sentido, o documento assinado pela procuradora regional Eleitoral auxiliar Raquel Branquinho reforça a necessidade de apuração das ocorrências e das responsabilidades criminais dos dirigentes da PRF, sob a ótica de eventual orquestração de que a operação foi estabelecida com desvio de finalidade, bem como dos servidores que atuaram no mesmo propósito. A Polícia Rodoviária Federal é um órgão de Estado e deve sujeitar-se aos limites legais e constitucionais que regem todas as instituições do país”, diz o órgão no comunicado.