Parlamentares criticaram a participação de Antônio Cristovão Neto, conhecido como Queiroguinha, em agendas oficiais de seu pai, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O filho do ministro é estudante de medicina, tem 23 anos e se lançou como pré-candidato a deputado federal pelo PL da Paraíba, partido do presidente Jair Bolsonaro. Queiroguinha esteve em pelo menos cinco cerimônias oficiais ao lado do pai no último trimestre, informou o jornal O Globo.
Durante os eventos ele se sentou à mesa reservada a autoridades. Além disso, chegou a substituir o pai em um dos eventos na Paraíba como representante do ministério e discursou à plateia. "O ministro, como qualquer cidadão brasileiro, tem o direito de lançar seu filho. No entanto, é claro, não pode fazê-lo em solenidade oficial do Ministério da Saúde, porque, assim, estaria infringindo a legislação eleitoral", disse o senador Marcelo Castro (MDB-PI).
O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) afirmou que deve apresentar um requerimento de informações à pasta. O deputado quer que o Ministério da Saúde detalhe os motivos da participação do pré-candidato e os gastos.
"A denúncia, portanto, é grave e vamos cobrar as informações do Ministério não apenas de uso de estrutura, mas também da participação do pré-candidato em decisões da pasta que possam configurar abuso do poder administrativo e econômico para um pré-candidato", disse Padilha, que atuou como ministro da Saúde de janeiro de 2011 a fevereiro de 2014.