Nem mesmo partidos de esquerda concordam com a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro ao fim da atual gestão. A ideia, aventada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vem sendo rejeitada por lideranças da oposição. Mesmo sendo autor de um dos 62 pedidos de impeachment, o PDT é um dos partidos contrários.
Dentro do PDT, cuja maioria votará em Rossi, o sentimento é de que não há clima para discutir um impeachment às vésperas do fim da gestão. "Impeachment não sai. Não tem clima", diz um deputado. "Foi uma bravata do Rodrigo", acrescenta outro pedetista.
Os deputados dizem que a abertura de um impeachment no momento atual não é um desejo do líder do PDT, Wolney Queiroz (PDT-PE), nem de outras lideranças. "Não tem muito eco dentro do partido", explica um deputado. Dos 26 deputados do partido, é esperado que Baleia Rossi consiga algo em torno de 19 votos.
Os outros sete votos restantes devem ir para Lira. " Daqueles quatro que estão suspensos, Marlon [Santos (PDT-RS)], Flávio [Nogueira (PDT-PI)] e Gil [Cutrim (PDT-MA)], e a Tabata [Amaral (PDT-SP)], só a Tabata fica com o Baleia. E aí você tem mais mais uns três ou quatro deputados que ficam com o Lira", explica um pedetista.