Um operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira (12), no Rio de Janeiro, mira integrantes de uma das maiores milícias do Rio estariam “almejando cargos no legislativo e no executivo, nas eleições de 2020, para retomar o poder que possuíam na zona oeste do município”. A suspeita é de prática de lavagem de dinheiro relacionada a crimes eleitorais. A Operação Sólon cumpre 12 mandados de busca e apreensão em residências, comitês de campanhas e empresas ligadas aos envolvidos. Participam da operação 85 agentes da PF.
Não houve pedidos de prisão, já que a legislação eleitoral proíbe o cumprimento de mandados de prisão de candidatos a menos de 15 dias da eleição e de eleitores a menos de cinco dias do dia de votação, exceto em flagrante de delito.
De acordo com a Polícia Federal foram verificadas movimentações financeiras atípicas em empresas ligadas aos investigados, com a possibilidade de os valores serem destinados a gastos de campanhas eleitorais. O nome da operação faz menção a Sólon, estadista, legislador e poeta grego criador da Eclésia, a Assembléia Popular de Atenas, considerada o berço da democracia.