O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), general de Exército Luis Carlos Gomes Mattos, afirmou nesta quarta-feira (27) que a responsabilidade pelas eleições é da Justiça Eleitoral, e não das Forças Armadas. A sessão desta quarta foi a última do ministro à frente do STM. "A Justiça Eleitoral é responsável pelo funcionamento real daquilo [eleições]. Nossa missão é diferente. Não temos que nos envolver em nada. Nós temos que garantir que o processo seja legítimo, essa é a missão das Forças Armadas", disse o general a jornalistas durante sua cerimônia de despedida.
Mattos se aposentará de forma compulsória da Corte militar nesta quinta-feira (28) por ter completado 75 anos, idade máxima de permanência na função. O general também passará para a reserva do Exército, informou a Folha de S. Paulo. O general fazia parte do STM desde 2011 e assumiu o comando da Corte no ano passado. "Nós vamos atuar dentro daquilo que está previsto para garantir que o processo seja legítimo e ao final tenha o respaldo popular", afirmou.
No ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou as Forças Armadas para atuarem na Comissão de Transparência Eleitoral (CTA). O colegiado foi criado para acompanhar o processo eleitoral.
A cerimônia de despedida de Mattos foi acompanhada pelo ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto, e pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos. Braga Netto é o candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL) para a reeleição. Em agosto, o general de Exército Lúcio Mário de Barros Góes assumirá a presidência do STM.