O Partido Socialista Brasileiro (PSB), legenda do candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin, na chapa formada com Lula (PT), expulsou da sigla os prefeitos de três municípios de Minas Gerais que declararam apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições. A decisão foi anunciada na quarta-feira (26). Os prefeitos expulsos são Reginaldo Campos, da cidade de Cláudio, Edson Vilela (Carmo do Cajuru) e Maria Imaculada Dutra (Manhuaçu). Recentemente o Partido Novo suspendeu a filiação de João Amoêdo após ele declarar que votaria em Lula (PT).
Em nota assinada pelo presidente do diretório estadual do PSB, o deputado federal Vilsona da Fetaemg (PSB-MG), a legenda afirma que o apoio anunciado pelos prefeitos foi uma afronta ao partido.
“No atual momento político de ameaça à democracia e às instituições, não se pode admitir em nenhuma hipótese o apoio à candidatura oponente, encabeçada pelo atual presidente da República, por parte de qualquer mandatário do PSB/MG, prefeito, vice-prefeito, vereador e deputados federal/estadual e, ainda de dirigentes partidários”, diz a legenda.
“Neste contexto, a decisão de prefeitos e prefeitas de apoiarem o candidato do Partido Liberal consiste em iniciativa que afronta cabalmente o PSB e a Coligação Brasil da Esperança, fato que enseja a expulsão sumária desses mandatários”, prossegue a nota.
“Considerados, portanto, a gravidade da situação que se apresenta e a fidelidade histórica do PSB a seus princípios programáticos e político-ideológicos, que não admite nem mesmo a mais remota proximidade com a extrema-direita, determinamos a desfiliação e a abertura dos processos de expulsão dos prefeitos e prefeitas do PSB/MG que declararam apoio ao candidato do PL, dos quadros do Partido, ad referendum da Comissão Executiva Estadual”, aponta o comunicado do PSB.