Lula concede entrevista a jornalistas de sites independentes no Hotel Mercure, na zona sul de São Paulo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O PT e os partidos que apoiam a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediram nesta quarta-feira (15) aos órgãos de imprensa que realizem debates em pool. O modelo é semelhante ao adotado nos Estados Unidos e reúne vários veículos de mídia, independente do formato, no mesmo debate. Os partidos solicitaram ainda que sejam feitos até debates para as eleições presidenciais, informou a CNN Brasil.

Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL), os dois principais candidatos ao Palácio do Planalto, já sinalizam que podem não participar de debates no primeiro turno da disputa presidencial. As legendas que apoiam o petista argumentam que o tempo para a campanha em 2022 é curto, o que tornaria inviável a participação do pré-candidato em todos os debates. Até o momento, pelo menos dez debates já estão previstos entre empresas de mídia e entidades de classe e religiosas.

“Dentro do exíguo período de 45 dias de campanha eleitoral, determinado pela legislação em vigor, tal programação de debates, concentrados na capital de São Paulo, é incompatível com a agenda política e a realização de atos públicos de campanha, que exigem deslocamentos pelas 27 unidades da federação”, diz o documento.

Os partidos ressaltam que reconhecem a importância destes eventos “para informar os eleitores e enriquecer o processo eleitoral”. “Diante dessa realidade, sugerimos aos jornais e emissoras de rádio e TV, por meio de suas representações nacionais, que se organizem em pool para a realização de um número razoável de debates, como acontece em outros países de tradição democrática”, afirmam as siglas.

O ofício é assinado por representantes do PCdoB, PSB, Psol, PT, PV, Rede e Solidariedade. O documento foi enviado para o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Flávio Lara Resende, e para Marcelo Antônio Rech, que comanda a Associação Nacional de Jornais (ANJ).