As direções nacionais do PT, PCdoB e PV registraram nesta segunda-feira (18) o estatuto e o programa da federação partidária batizada de “Brasil da Esperança” (FE Brasil). Os documentos foram aprovados em reunião no último domingo (17). Segundo o PT, a assembleia geral da federação, órgão máximo de deliberação, será composta por 60 membros, sendo nove vagas distribuídas igualmente (três por partido) e 51 distribuídas na proporção dos votos obtidos por cada partido nas eleições para a Câmara dos Deputados de 2018.
As deliberações do conselho serão tomadas por maioria de três quartos de seus membros. Em sua composição, cada uma das siglas precisará indicar no mínimo 30% de mulheres e no mínimo 20% respeitando o critério étnico-racial. A Comissão Executiva Nacional da Federação terá 18 membros. Os presidentes de cada um dos partidos serão membros natos da comissão e as outras 15 vagas seguirão à proporção dos votos obtidos na eleição para a Câmara de 2018.
A primeira presidente da federação será a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT). A primeira vice-presidente será Luciana Santos (PCdoB) e o segundo vice, José Luís Penna (PV). O mandato será de um ano, com rodízio entre os presidentes de cada um dos partidos, podendo haver recondução por decisão unânime. “Os partidos da FE Brasil atuarão em conjunto no Congresso e na sociedade para promover a reconstrução do país, a defesa da soberania nacional, da democracia e dos direitos do povo, para fortalecer a candidatura do presidente Lula e sua base parlamentar”, diz o PT em nota.
Em comunicado conjunto, a federação afirma que surge para atuar como força decisiva para libertar o país do “desastroso governo da extrema da direita”. “Tendo em vista essa gigantesca tarefa, a Federação terá que, em torno da liderança da ex-presidente Lula, agregar, reunir e mobilizar amplas forças políticas, sociais, econômicas e culturais para que o povo e a democracia sejam vitoriosos nas eleições de outubro. Simultaneamente, nossa Federação buscará eleger grandes bancadas progressistas para o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas, bem como um expressivo número de governadores/as, criando as condições para que o governo eleito por essa ampla aliança tenha as condições para promover as mudanças e grandes transformações de que o país necessita”, diz o texto.