Romeu Zema foi reeleito ao governo de Minas Gerais| Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG
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O governador reeleito em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que está negociando com o PL apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial. A afirmação foi dada em entrevista à GloboNews na tarde desta segunda (3).

Segundo Zema, ele e o partido Novo devem formalizar o apoio entre terça (4) e quarta (5). “Apoiar o PT é impossível. Eu lembro que o PT destruiu Minas e diversas cidades relevantes, como Uberlândia e Pouso Alegre, que tiveram gestões desastrosas [com Fernando Pimentel, entre 2015 e 2019]. De certa maneira, o mineiro, em muitas regiões, está vacinado contra o PT, porque é uma gestão que vai trazer problemas seríssimos”, disparou.

"Nesse momento, nós estamos conversando com o presidente, com o PL, e as conversas estão sendo muito boas. Talvez hoje mais tarde, amanhã, nós já venhamos anunciar alguma questão porque o PL fez aqui na Assembleia Legislativa novos deputados. Então nós queremos deixar claro: 'as nossas propostas são essas, o PL está de acordo? Vai caminhar conosco?' Eu vejo que tem tudo para dar certo e, em breve, isso será comunicado", explicou.

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No entanto, na tarde desta segunda, o Novo divulgou uma nota afirmando que decidiu liberar seus filiados. Com isso, a legenda não irá se posicionar sobre o segundo turno entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Diante do cenário eleitoral do segundo turno, o partido se vê na obrigação de reforçar seu posicionamento institucional histórico, totalmente contrário ao PT, ao lulismo e a tudo o que eles representam, e libera seus filiados, dirigentes e mandatários, para declararem seus votos e manifestarem seu apoio de acordo com sua consciência e com os valores e princípios partidários", diz o comunicado.

A apuração das urnas indicou a liderança de Lula (PT) em Minas com 48,29% dos votos, contra 43,60% de Bolsonaro. Zema minimizou a preferência pelo petista, dizendo que parte desse bom desempenho aconteceu por uma “coincidência” de eleitores que lembram do tempo da gestão em que as commodities traziam ganhos para o estado – e que teria acabado a partir da gestão de Dilma Rousseff (PT).

O anúncio vem também um dia depois da eleição em que ele apoiou a candidatura do correligionário Felipe d’Avila à Presidência, que teceu críticas a Bolsonaro durante toda a campanha. E o próprio presidente tinha Carlos Viana (PL) como candidato no estado.