No documento o TCU quer saber que tipo de testes serão realizados pelas Forças Armadas caso sejam encontradas divergências entre os resultados oficiais e paralelos.| Foto: Abdias Pinheiro/TSE
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O Tribunal de Contas da União (TCU) encaminhou na quarta-feira (21) um ofício ao Ministério da Defesa com alguns questionamentos sobre a apuração paralela das urnas eletrônicas que a pasta pretende realizar nas eleições de outubro. A Corte deu um prazo de cinco dias para que sejam enviadas as respostas solicitadas no documento.

No ofício enviado pela Secretaria de Controle Externo do órgão, a Corte pede que a Defesa informe se fará de fato a conferência dos boletins de urnas, quais os critérios que serão utilizados durante a checagem, qual o nível de confiança dessa verificação, quem irá coletar as informações e o seu objetivo.

O TCU afirma ainda que, caso a intenção seja comparar o resultado oficial com os dados da apuração paralela, que tipo de testes serão realizados pelas Forças Armadas caso sejam encontradas divergências entre as contagens.

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"O que se pretende avaliar, isto é, se o objetivo é meramente comparar BU (Boletins de Urna) físicos com os resultados divulgados, ou se pretende-se extrapolar os resultados eleitorais amostrais para comparar com o resultado oficial da eleição, ou outro tipo de verificação", questiona o TCU. "Em sendo identificadas divergências, quais testes substantivos serão aplicados para evidenciar ou refutar os achados”, diz outro trecho do documento.

O Tribunal de Contas informou na última semana que fará a auditoria nos boletins de 4.161 urnas eletrônicas no dia da eleição. Os aparelhos serão selecionados aleatoriamente no dia da votação. No dia 12 de setembro o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou que tenha fechado um acordo com as Forças Armadas para possibilitar o acesso diferenciado em tempo real aos dados enviados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para a totalização do resultado das eleições 2022.

Pouco tempo depois o Ministério da Defesa também emitiu uma nota negando ter solicitado uma permissão de acesso diferenciado ao TSE para conduzir uma apuração paralela. "Cabe ressaltar que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas não demandam exclusividade e tampouco protagonismo em nenhuma etapa ou procedimento da fiscalização do sistema eletrônico de votação e permanecerão pautando a sua atuação pela estrita observância da legalidade, pela realização de um trabalho técnico e pela colaboração com o TSE", disse a pasta na ocasião.