O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, determinou nesta terça-feira (11) que o PL apresente a fonte de custeio do relatório que questionou a segurança das urnas eletrônicas. O partido do presidente Jair Bolsonaro deverá detalhar a origem do dinheiro que financiou a iniciativa. O documento chamado de "Resultados da Auditoria de Conformidade do PL" foi divulgado às vésperas do primeiro turno.
Após a divulgação, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, determinou que o relatório do PL seja investigado no inquérito das fake news. O PL já informou ao TSE que não usou recursos do fundo partidário para contratar o serviço e enviou recibos do contrato da empresa Instituto Voto Legal (IVL), responsável pelo relatório. No entanto, não especificou os pagamentos.
Gonçalves mandou o PL informar e comprovar a fonte de custeio do documento e "demais etapas" do processo. Segundo informações já apuradas pelo Corte eleitoral, ao menos R$ 450 mil foram pagos pelo partido ao instituto. Para o ministro, "a despeito da obrigação legal", o partido "não declarou à Justiça Eleitoral nenhuma receita recebida ou despesa realizada no Sistema de Prestação de contas anual".