O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou nesta segunda-feira (6) um acordo com lideranças religiosas para realizar ações e projetos com objetivo de preservar a normalidade e o caráter pacífico das eleições de outubro. Segundo a Corte eleitoral, o acordo prevê "que as lideranças religiosas se comprometam a promover ações de conscientização sobre a tolerância política, a legitimação do pensamento divergente e exclusão da violência durante as pregações, sermões e homilias, ou ainda em declarações públicas ou publicações que venham a fazer".
A parceria também propõe que seja repercutido o material produzido pelo TSE com esse teor. O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, discursou durante a cerimônia para assinatura do acordo e falou sobre as dificuldades que a Corte eleitoral enfrenta com a desinformação.
"É cediço que a Justiça Eleitoral, na condição de instituição responsável pelo processamento pacífico das diferenças políticas, defronta, presentemente, dificuldades inusuais, como decorrência da crescente intolerância, do progressivo esgarçamento de laços e, sobretudo, do evidente processo de degradação de valores decorrente da expansão irrefreada do fenômeno da desinformação", disse Fachin.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu a importância de eleições sem violência. "Não existe racionalidade com violência. Ela rejeita a racionalidade por isso que a democracia é o governo dos contrários que se mantém permanente tensão, em que todos os segmentos sociais, políticos, econômicos e religiosos têm vez e voz. Não há democracia sem respeito das minorias", afirmou o PGR.