O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, mandou o deputado federal André Janones (Avante-MG) apagar publicações feitas nas redes sociais que afirmavam que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria apoiado os atos do ex-deputado Roberto Jefferson, que no domingo (23) resistiu à prisão e atirou contra policiais federais.
As postagens nos perfis de Janones diziam ainda que Jefferson seria coordenador de campanha de Bolsonaro. Na decisão, Moraes escreveu que os posts “se descolam da realidade, por meio de inverdades e suposições, fazendo uso de recortes e encadeamentos inexistentes, com o intuito de induzir o eleitorado negativamente, a crer que Roberto Jefferson seria o coordenador de campanha de Jair Messias Bolsonaro e que o candidato teria manifestado apoio aos atos criminosos cometidos”, diz a decisão. O presidente já se manifestou condenando o caso e afirmou que quem atira em policial é bandido.
O ministro determinou que o Twitter e o Instagram apaguem as publicações de Janones em duas horas após receberam notificação, sob pena de multa de R$ 100 mil. O parlamentar, que atua na campanha de mídias sociais do ex-presidente Lula (PT), também não pode mais publicar as informações falsas, ficando sujeito a multa do mesmo valor em caso de descumprimento da ordem.