O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil).| Foto: Jonathan Campos/Arquivo Gazeta do Povo
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O União Brasil recebeu nesta segunda-feira (13) um pedido de impugnação da filiação do ex-juiz Sergio Moro ao partido. A solicitação, encaminhada ao diretório da legenda no Paraná, foi protocolada em nome de Cristiane Mesquita, filiada ao União Brasil, e representada pela advogada Viviane Fuchs. O documento cita a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que barrou a transferência de domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo.

A responsável pelo pedido argumenta que com a decisão do TRE-SP a filiação de Moro ao União Brasil não seria válida e questiona uma possível candidatura do ex-ministro da Justiça. O partido convocou uma coletiva nesta terça-feira (14) para anunciar os próximos passos do futuro político de Moro.

Segundo o pedido, a “própria ficha de filiação do impugnado ao União Brasil de São Paulo, por via de consequência resta nula, afinal a mesma foi preenchida com dados (residência e título de eleitor) que foram considerados fraudados, ou seja: chegamos à conclusão de que sequer o impugnado estaria filiado ao União Brasil".

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Com isso, o ex-juiz deveria se filiar novamente ao partido "com os dados corretos", no entanto, ele não preencheria o requisito de elegibilidade de filiação, que é de seis meses antes das eleições. A autora pede para a legenda “declarar a inexistência de filiação do impugnado ao União Brasil do Paraná e, com isso, afastar desde já as suas pretensões políticas no Estado tendo em vista os enormes prejuízos que causará aos demais filiados e ao nome da agremiação perante a sociedade”.

“Lançá-lo a qualquer cargo no Estado do Paraná (em especial a um cargo majoritário) ensejará prejuízos financeiros enormes ao partido e à sociedade brasileira. O sujeito não tem fidelidade partidária, em 04 (quatro) meses já passou por 02 (dois) partidos políticos”, diz um trecho do documento.

O advogado Gustavo Guedes, responsável pela defesa de Moro, disse em nota que o pedido não causa preocupação. “A filiação foi regular e a impugnação, além de improcedente, é manifestamente intempestiva. Não nos causa nenhuma preocupação”, afirmou.

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