O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), declarou apoio ao ex-presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições.
O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), declarou apoio ao ex-presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições.| Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG

O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), declarou apoio ao ex-presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições. Brant, que já pertenceu ao Novo, mesmo partido do governador reeleito Romeu Zema - que declarou apoio a Bolsonaro - rompeu com a legenda e com o governador mineiro e disputou novamente o cargo de vice-governador, dessa vez na chapa de Marcus Pestana (PSDB-MG), que obteve apenas 0,56% dos votos válidos. Em sua justificativa para apoio ao petista, o vice-governador mineiro afirmou que a candidatura de Lula não é de sua preferência, mas que o Brasil não está dando certo. A publicação foi feita no Instagram no dia 11 de outubro.

“Vivemos um momento crucial na história do país. Mais uma vez as eleições presidenciais vão nos encaminhar para direções que podem agravar ou atenuar os gravíssimos problemas que enfrentamos. Sim, nossa situação é grave. O Brasil não está dando certo e definitivamente não estamos nos trilhos já há algum tempo”, escreveu Brant.

“As duas candidaturas colocadas não são as da minha preferência. Trabalhei junto com companheiros do PSDB para a viabilização de uma candidatura própria que infelizmente foi minada por interesses menores. No primeiro turno das eleições votei, com convicção, em Simone Tebet, para mim a melhor candidata para os tempos de hoje”, afirmou o vice-governador.

“A candidatura de Bolsonaro, a despeito de representar uma parcela expressiva da sociedade brasileira no que tange a diversas pautas conservadoras legítimas e democráticas, foi capturada por uma extrema direita radical, que ameaça de fato nossa democracia”, afirmou.

“A candidatura Lula, nos evoca lembranças negativas dos governos petistas, mas, pela diversidade do seu arco de alianças, possui em minha avaliação melhores condições de resguardar o nosso sistema democrático. É portanto a minha escolha, como a de inúmeros companheiros do PSDB. Nesse ponto não podemos tergiversar”, declarou.

“Os fins não justificam os meios. A manutenção das instituições democráticas é o que importa nesse momento. Só a democracia pode nos resgatar a esperança de construir uma verdadeira nação, próspera, solidária, justa e pacífica. Viva a democracia! Sempre”, escreveu Brant.