O governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta terça-feira (6) que jamais apoiaria o PT, negou que tente afastar sua imagem do governo federal e disse ser favorável à privatização da Cemig. Zema foi entrevistado durante uma sabatina promovida pelos jornais Valor Econômico, O Globo, Extra e pela rádio CBN.
Questionado se tem vergonha de sua relação com o presidente Jair Bolsonaro (PL), Zema negou que tente esconder qualquer relação com o governo. “De forma alguma. Vale salientar aqui que eu nunca estive no mesmo partido do presidente Bolsonaro. Eu só o conheci no dia 14 de novembro de 2019. Eu fiz questão de olhar na minha agenda, foi pós-eleição. Foi o primeiro contato pessoal que eu tive com ele. Coincidiu de eu ter sido eleito governador de Minas na mesma onda em que todos estavam revoltados com a política no Brasil. E isso nós temos muito em comum. E temos em comum também, acho que o fato de sermos pessoas um pouco diferentes na política. Ele ao modo dele. Eu nunca tive carreira na política”, afirmou.
Zema também negou qualquer possibilidade de apoiar o PT em um eventual segundo turno nessas eleições. “Dar apoio para um governo que incentiva a corrupção, que acoberta, eu nunca darei. PT, nunca darei apoio. Vamos ver qual vai ser o resultado. Quem sabe vai resolver no primeiro turno. Hoje, não sabemos. Eleição é sempre imprevisível”, disse.
O governador de Minas Gerais também defendeu a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Segundo ele, a empresa se envolveu em maus negócios no passado em razão da influência política na gestão e que uma empresa estatal que não atende o público escraviza a população. “Aqueles que acompanham a vida da Cemig mais de perto sabem que há quatro anos ela valia R$10 bilhões e hoje já vale R$ 30 bilhões. Três vezes mais. Porque nos últimos 4 anos a Cemig fez o que é bom para empresa e para o mineiro e não o que é bom para politicagem”, disse.
“Uma empresa que é privatizada e não atende o público quebra. Agora, uma empresa do estado que não atende o público escraviza a população. Eu sou totalmente contrário escravizar o mineiro. É uma grande empresa que merece respeito, mas na mão de político que só pensa em eleição ela causou esses danos. Eu não quero que isso se repita em Minas Gerais, a minha pauta é privatizar.”