O candidato ao governo de Minas Gerais, Carlos Viana (PL), declarou ser o único palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado e que esse apoio deve garantir sua presença no segundo turno das eleições. O senador mineiro foi entrevistado nesta segunda-feira (5) pela CNN Brasil. Durante a semana também serão entrevistados os candidatos Alexandre Kalil (PSD), na terça-feira (6), e Romeu Zema (Novo) na quarta-feira (7).
Ao ser questionado sobre a razão do apoio recebido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) não estar sendo convertido em votos,uma vez que o candidato figura na terceira posição em pesquisa ao governo de Minas Gerais divulgada no dia 1º de setembro**, Viana afirmou que o eleitor mineiro tem, por hábito cultural, deixar o voto para o final, para a última semana antes das eleições. “Essa é uma tradição nossa. As coisas mudam muito rápido”, afirmou. “Se eu fosse acreditar (em pesquisas) eu nem era senador. A ex-presidente Dilma Rousseff estava eleita aqui em Minas (em 2018) e ficou em quarto lugar”, afirmou Viana.
Perguntado se a polarização nacional também estaria se consolidando no estado de Minas Gerais, Viana reforçou que os números de seus principais adversários estão caindo. “Desde que eu comecei a campanha nós temos oscilado e eles pararam de subir. Já é um sinal de que alguma coisa está acontecendo”, disse.
Com relação ao presidente Bolsonaro, Viana afirmou que é o único palanque do presidente da República no estado. “Todos os grupos hoje ligados à direita já entendem que eu sou o candidato do presidente Bolsonaro e que se não fosse por mim, o presidente não teria um palanque em Minas Gerais”, afirmou.
O candidato afirmou que essa mudança irá garantir sua presença no segundo turno nas eleições do estado. “Eu acredito plenamente na possibilidade de passar o segundo colocado e nós termos dois candidatos aqui bem diferentes do que a pesquisa está apontando. Hoje eu sou o candidato do presidente em Minas e do palanque dele em Minas”, afirmou.
Ao falar sobre suas propostas para a Educação e como recuperar o conteúdo perdido pelos estudantes de Minas Gerais durante a pandemia, Viana declarou que pretende transformar o ensino médio do estado com um novo programa de desenvolvimento.
“Minas Gerais tem 13 macrorregiões muito diferentes que precisam de projetos diferentes. Você não pode pegar um ensino médio e fazer com que todas as escolas tenham as mesmas disciplinas e a mesma formação. Isso é um erro. Temos que adaptar o ensino médio em experiências que já aconteceram fora do Brasil e foram bem sucedidas. Os alunos são formados para atender a mão de obra nas macrorregiões onde eles vivem”, afirmou.
Sobre a área de Segurança Pública, Viana disse concordar com a instalação de câmeras nos uniformes dos policiais de Minas Gerais. Segundo ele, as forças de segurança do estado estão entre as melhores do país e não haverá resistência por parte dos policiais.
“A polícia entende que quanto mais nós protegermos o policial, quando mais darmos a ela a condição de trabalho para que ele possa ter uma atividade de menos risco e o estado ter a garantia de que uma ação foi bem executada. Minha ideia é de que as câmeras podem ajudar muito na melhoria das polícias e principalmente aumentar a confiança da população nos policiais”, concluiu.
**Metodologia da pesquisa - O Datafolha entrevistou 1.212 pessoas entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro em 62 cidades mineiras. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%, sob o registro na Justiça Eleitoral com o número MG-03654/2022. A pesquisa foi contratada pela Folha de São Paulo e a TV Globo.
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