Denúncias de corrupção, apoio ao bolsonarismo e críticas à atual gestão municipal marcaram a campanha para a corrida à prefeitura de Cuiabá entre Abílio (Podemos) e Emanuel Pinheiro (MDB) neste 2º turno. Corrida tem também disputa para apoio político às suas candidaturas, incluindo o de ex-adversários do início da campanha.
Segundo a mais recente pesquisa Ibope, divulgada nesta sexta-feira (27), os dois candidatos aparecem tecnicamente empatados - cada um tem 50% dos válidos, de acordo com o levantamento.
De um lado, a promessa da “nova política” defendida por Abílio, que, apesar de não se apresentar oficialmente como apoiador do presidente Jair Bolsonaro, ganhou o apoio do candidato derrotado do PSL à prefeitura, Aécio Rodrigues. Abílio também é apoiado pelo ex-prefeito da capital, Roberto França, que terminou o primeiro turno em 4.º lugar, e o mais disputado apoio, o de Gisela Ramona (PROS), que ficou em 3º lugar, registrando quase 53 mil votos na capital.
Tentando se reeleger, Emanuel Pinheiro disputa o segundo turno sem fortes aliados no cenário político. Somado a isto, está uma imagem desgastada pelo “escândalo do Paletó”, um flagrante de 2013 que o mostra recebendo maços de dinheiro e guardando no paletó quando ainda era deputado estadual. O episódio foi um dos maiores trunfos de seus adversários no primeiro turno, e segue destacado por Abílio em debates e material de campanha.
Segundo o Ibope, a vantagem de Abílio está entre eleitores de 25 a 34 anos, evangélicos e homens. Já Emanuel Pinheiro é o candidato preferido entre eleitores com faixa de renda familiar mensal de até 1 salário mínimo e mulheres.
Metodologia da pesquisa do Ibope em Cuiabá
Sob encomenda da TV Centro América, o Ibope ouviu 602 eleitores de Cuiabá entre os dias 25 e 27 de novembro de 2020. O levantamento tem nível de confiança de 95%, com margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob a identificação MT-09681/2020.
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