O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou no início da tarde deste domingo (6) que 68 eleitores e cinco candidatos já haviam sido presos por crimes eleitorais no primeiro turno das eleições municipais. Outros 21 concorrentes aos cargos públicos e 139 eleitores foram conduzidos a delegacias e liberados logo depois.
De acordo com a legislação brasileira, ninguém pode ser preso no dia da eleição, exceto em caso de flagrante. A regra vale até 48 horas após o pleito.
Segundo o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), as detenções registradas até o início desta tarde ocorreram em 19 estados do país, com maior incidência no Maranhão, Rio de Janeiro e Roraima. Os principais crimes apurados foram compra de votos e propaganda eleitoral irregular.
Em entrevista à CNN, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, informou que 14 inquéritos foram abertos e que mais de R$ 180 mil foram apreendidos em espécie, além de R$ 300 mil em bens.
“Isso é fruto de um trabalho coordenado pelo órgão central da Polícia Federal em articulação com todas as nossas unidades”, afirmou o diretor, ao citar o trabalho da PF com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e polícias civis e militares dos estados.
Ainda segundo ele, dois candidatos de Roraima estão entre os detidos, mas não há detalhes a respeito dos crimes cometidos.
Apreensões recorde em todo o período das eleições
Rodrigues informou também que, desde o início da campanha eleitoral, já foram apreendidos mais de R$ 21 milhões em espécie, valor superior ao total recolhido nas eleições anteriores. De acordo com Rodrigues, em 2022 foram cerca de R$ 5 milhões, enquanto em 2020 foi R$ 1,5 milhão. “Número bastante significativo”, resumiu.
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