Como foi a manhã do segundo turno das eleições.| Foto: Divulgação
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O 2º turno das eleições, até 12 horas deste domingo (29), foi marcado por ocorrências, troca de urnas e até greve de ônibus. Segundo o TSE, 368 urnas eletrônicas foram substituídas em algumas das 57 cidades que terão 2° turno no país; 18 são capitais.

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Já o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou no início da tarde que foram registrados até o momento 153 ocorrências de crimes eleitorais. A maior parte dos casos (93) está ligada à desobediência de ordens da Justiça Eleitoral.

Também na manhã de votação, uma paralisação de motoristas de ônibus na Zona Oeste do Rio de Janeiro fez com que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) acionasse a Polícia Federal. O TRE afirmou que “paralisação é ilegal e representa grave impedimento e embaraço às eleições”.

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Logo nas primeiras horas de votação, cinco ocorrências de crimes relacionados ao pleito foram registradas. Até 12h deste domingo, pelo menos 18 eleitores haviam sido presos ou conduzidos a delegacias. Segundo boletim divulgado pelo TSE, ao todo, foram registradas 145 ocorrências da meia-noite o fim da manhã. Ainda, R$ 8,9 mil foram apreendidos e dois inquéritos foram abertos.

Família Bolsonaro volta a defender voto impresso

Após registrar seu voto no segundo turno das eleições na Escola Rosa da Fonseca, na Zona Militar, zona Oeste do Rio, o presidente Jair Bolsonaro conversou com a imprensa por mais de 15 minutos e cumprimentou apoiadores.

Ele voltou a defender o voto impresso: "Não podemos continuar votando e não tendo certeza se o voto foi para aquela pessoa. No voto impresso, ninguém coloca a mão no papel", disse. Bolsonaro também disse ter, "discretamente, emprestado seu nome a alguns candidatos". Ainda, ao ser questionado sobre reconhecer a vitória de Joe Biden, afirmou ter "fontes" que confirmam as fraudes nas eleições dos EUA.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, também defendeu o voto impresso na manhã de hoje, e voltou a criticar o sistema atual de urnas eletrônicas. "Não se engane com fake news de pessoas que não desejam uma eleição mais transparente. Com o voto impresso não se leva nenhum comprovante para casa mostrando em quem você votou, ainda há como se auditar a eleição e apuração segue rápida", escreveu o deputado no Twitter.

Personalidades que votaram de manhã e o que disseram

Como no primeiro turno, o ex-presidente Michel Temer foi um dos primeiros a votar em sua sessão eleitoral. Ele aproveitou o horário reservado para pessoas acima de 60 anos, chegou cedo e não enfrentou fila na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em Perdizes, na Zona Oeste da capital paulista. A jornalistas, ele afirmou, ao deixar o local de votação, que a "expectativa é muito positiva. Bruno [Covas] vem fazendo um bom trabalho, de muita competência e a continuidade dele é desejável", disse.

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No Rio, também votou pela manhã o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (DEM), por volta das 10 horas, na zona sul da cidade. Ele foi acompanhado da mulher e dos filhos. Após registrar o voto, Paes evitou comemorar a vitória e pediu que os eleitores não deixem de votar para afastar o que considera o pior prefeito da história da cidade, Marcelo Crivella (Republicanos). "Especialmente aqui no Rio de Janeiro, acho que é um momento decisivo na história da cidade. Nós hoje podemos dar um basta, podemos dar um não ao governo mais omisso, mais despreparado que já tivemos", afirmou.

Marcelo Crivella (Republicanos), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, votou durante a manhã em uma escola da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, e disse estar confiante na vitória e não ter planos para uma eventual derrota na disputa pela prefeitura. "Minha expectativa é ganhar. As pesquisas no primeiro turno sempre davam Crivella com 10 (% dos votos), 11 (% dos votos), 12 (% dos votos), havia a expectativa de que nem fosse pro segundo turno. No final tinha 20 (% dos votos). As pesquisas erram", disse.

O apresentador Luciano Huck votou pela manhã, também na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, e declarou apoio ao candidato do DEM Eduardo Paes. "Eu votei no Eduardo Paes. Acho que a cidade está precisando desesperadamente de uma arrumação geral", disse ele. "Foram anos muito difíceis para o Rio de Janeiro. É importante que a gente entre agora num ciclo mais virtuoso."

Marta Suplicy votou no período da manhã em um colégio nos Jardins, em São Paulo. À imprensa, ela disse que Covas fez uma "campanha limpa" e também elogiou Guilherme Boulos (Psol). "Foi muito legal ter na campanha duas pessoas democratas que são contra o fascismo ditatorial do país simbolizado pelo Bolsonaro", disse. "Essa é a semente e ele (Covas) vai ser o líder", disse.