O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira| Foto: André Borges/EFE
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Após gerar um mal-estar diplomático por acusações contra a Guiana, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, mudou o tom e disse que o Brasil deveria se “espelhar” na velocidade com que o país vizinho iniciou a exploração de petróleo na Margem Equatorial. A declaração foi dada à CNN Brasil, nesta segunda-feira (3).

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Na ocasião, Silveira foi questionado sobre uma declaração anterior, da semana passada, em que acusou a Guiana de estar “chupando de canudinho” reservas de petróleo que pertencem ao Brasil. 

O ministro negou ter feito qualquer acusação contra o país vizinho e até elogiou a atuação da Guiana na região. 

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“O que eu quis dizer é que a Guiana avançou de maneira muito célere nesta região geológica, que divide com o Brasil. Isso demonstra de maneira inequívoca que a Guiana tem mérito em atrair tantos investimentos nestas áreas [...] Precisamos até nos espelhar na velocidade que teve a Guiana de atrair tantos investimentos”, afirmou Silveira. 

O tom amigável adotado pelo ministro para se referir a Guiana difere da declaração dada por ele no dia 27 de maio, quando acusou o país vizinho de explorar petróleo em território brasileiro.

“Nossos irmãos da Guiana estão chupando de canudinho as riquezas do Brasil, estão explorando na divisa, em um bloco adquirido no governo Dilma [Rousseff, PT]. Não podemos desrespeitar contratos. É direito do povo brasileiro conhecer suas riquezas”, afirmou Silveira durante uma reunião de trabalho do G20, em Belo Horizonte, na semana passada. 

Após a fala do ministro na reunião, a Embaixada da Guiana no Brasil cobrou oficialmente um esclarecimento do governo brasileiro sobre as acusações.

Procurada pela Gazeta do Povo, a embaixada classificou as palavras do ministro como “lamentáveis”.

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