O Brasil iniciou, na última segunda-feira (13), testes para uma futura importação de energia da Venezuela para o estado de Roraima. O objetivo, conforme informou o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), é verificar as condições da linha de transmissão que liga Boa Vista, capital de Roraima, à cidade de Santa Elena de Uiarén, na Venezuela.
Os testes, que ajudam a avaliar a viabilidade da linha, terão duração de 96 horas e devem ser finalizados na próxima sexta-feira (17). O estado de Roraima é o único que não está interligado ao Sistema Elétrico Nacional (SIN), que permite a troca de eletricidade entre os estados, garantindo maior estabilidade e eficiência. Devido à sua localização geográfica, contudo, Roraima encontra-se isolada dessa rede.
O estado já recebia energia venezuelana até 2019, quando o abastecimento eletricidade proveniente do país vizinho foi interrompido. A importação foi suspensa durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), devido à deterioração das relações entre os dois países. Desde então, a rede elétrica do estado depende exclusivamente de usinas termelétricas locais, que geram custos elevados para os consumidores.
Essas usinas, embora possam fornecer eletricidade e reduzam a dependência da Venezuela, geram custos elevados devido ao uso de combustíveis fósseis importados, como óleo diesel. O uso desse combustível é compensado por uma taxa extra na conta de luz, chamada Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), o que pesa para o bolso do consumidor.
Com os testes em andamento, o governo busca uma alternativa que seja mais barata e confiável para abastecer o estado. De acordo com o ONS, a operação de importação de eletricidade da Venezuela foi autorizada pelo Ministério de Minas e Energia e pode gerar uma economia diária de até R$ 500 mil. Isso porque a importação de até 15 MW de energia da Venezuela deve ser mais barata, com um custo de R$ 1.096,11 por Megawatt-hora, o que gera menos custo do que a energia gerada pelas usinas térmicas locais.
Após a conclusão dos testes, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) irá avaliar o desempenho da linha de transmissão. Se tudo correr bem, a transferência de eletricidade poderá ser oficialmente autorizada, trazendo benefícios econômicos e uma maior segurança no fornecimento de energia para Roraima.
Troca de comando na Câmara arrisca travar propostas que limitam poder do STF
Big Brother religioso: relatório revela como a tecnologia é usada para reprimir cristãos
Cuba e México disparam de posição entre os países que mais perseguem cristãos no mundo
O problema do governo não é a comunicação ruim, mas a realidade que ele criou