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O carro elétrico nacional Lecar 459 terá motor híbrido no lugar de totalmente ser movido a bateria
O carro elétrico nacional Lecar 459 terá motor híbrido no lugar de totalmente ser movido a bateria| Foto: Foto: Romis do Carmo/Informamidia/Divulgação

O empresário capixaba Flávio Figueiredo Assis, conhecido como o "Elon Musk brasileiro", desistiu de fabricar o carro elétrico nacional Lecar 459. Após uma releitura do mercado e das suas dificuldades, o executivo decidiu investir em veículos híbridos. Com isso, o novo modelo deixará de ter ser 100% elétrico e passará a ser híbrido flex com etanol.

Segundo Assis, a falta de infraestrutura aos veículos eletrificados é uma das maiores barreiras no Brasil. Por mais que a venda de elétricos esteja aquecida no Brasil, diz ele, o custo dos carregadores é um grande empecilho ainda.

“Estamos muito longe de termos a quantidade de carregadores necessária para popularizar este tipo de veículo em todo o país. Precisaremos de bilhões em investimentos para termos as condições adequadas”, salienta.

A mudança leva à alterações nos prazos de fabricação e entrega também. Inicialmente, o lançamento era previsto para abril e o início da produção, para dezembro. A empresa disse que em breve anunciará sua nova expectativa de chegada ao mercado.

“Ao longo do período de desenvolvimento do carro, dos testes feitos e estudos internacionais já publicados, chegamos à conclusão de que o carro híbrido é mais vantajoso para a sociedade do que o elétrico em diversos quesitos, o que nos fez redirecionar nosso posicionamento e os planos para o mercado", acrescenta Assis.

A Lecar foi fundada em 2022 com capital próprio do empresário após venda da sua empresa Le Card, de cartões de alimentação. O investimento inicial do projeto é em torno de R$ 1 bilhão.

O Brasil já teve outros protótipos de carros elétricos, mas que não foram adiante. No Salão do Automóvel de 1974, foi apresentado o Itaipu E150, da Gurgel. No entanto, apenas 27 unidades foram fabricadas, segundo reportagem da revista Autoesporte. O tempo de carga era de 10 horas e a autonomia, de apenas 50 quilômetros, com velocidade de até 60 quilômetros por hora.

Mais tarde, entre 1980 e 1982, a Gurgel produziu cerca de mil unidades do furgão Itaipu E400, cuja recarga levava 10 horas para rodar 80 km. Este foi considerado o primeiro elétrico nacional com produção em série.

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