Instalação de painéis solares em telhado: número de casas com energia solar triplicou em dois anos.| Foto: Pixabay
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A energia solar residencial cresce rapidamente no Brasil. A quantidade de lares que usam essa fonte triplicou em dois anos, passando de 565 mil em outubro de 2021 para 1,7 milhão em outubro de 2023. Nesse intervalo, a potência instalada saltou de 3,5 gigawatts (GW) para 12 GW, aproximando-se da capacidade da hidrelétrica de Itaipu (14 GW).

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Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e englobam painéis fotovoltaicos instalados em casas e prédios de apartamentos, e também a chamada energia solar por assinatura. De janeiro a outubro deste ano os investimentos acumulados nesse tipo de geração subiram de R$ 44,3 bilhões para R$ 60,5 bilhões.

O setor atribui esse crescimento a alguns fatores, entre eles a redução dos preços nos últimos anos e a praticidade para se ter a luz solar como fonte de energia em casa, seja por meio da instalação de placas fotovoltaicas no telhado ou por modelos de assinatura.

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Hoje o mercado tem basicamente três opções para suprir residências com energia solar: instalar painéis fotovoltaicos no telhado; instalá-los numa propriedade rural e usar a energia para sua casa na cidade; ou comprar energia solar por meio da rede de energia elétrica da concessionária local, no esquema de assinatura.

Guilherme Susteras, sócio-diretor da empresa de assinatura de energia solar Sun Mobi, explica que o modelo funciona em sistema de compensação. A energia é gerada em duas usinas solares no interior do Paraná, em Palotina e Assaí, e enviadas à rede da concessionária estadual Copel, de onde ocorre a distribuição para a casa do cliente.

Os consumidores pagam um valor fixo mensal pela energia solar, a partir de R$ 300, além de uma taxa mínima à concessionária.

“Do ponto de vista do consumidor, ele não precisa de obra, não precisa pedir permissão para dono do imóvel, condomínio e não precisa mudar titularidade”, diz Susteras.

A Sun Mobi atende principalmente pequenos negócios, como padarias, açougues e academias, mas também há pessoas físicas na lista. Ao todo, a lista de clientes dobrou nos últimos seis meses.

Segundo Susteras, o crescimento na adesão tem a ver com o aumento na conta de luz, que faz o consumidor buscar alternativas. A privatização da Copel também influenciou, segundo ele.

"Vemos que as pessoas parecem ter a percepção de que agora é uma boa hora. A vantagem da assinatura é que o contrato é fixo, então é previsível e não exposto às bandeiras tarifárias", diz.

As bandeiras são valores adicionais aplicados à conta de luz em momentos de seca, quando o país usa menos energia hidrelétrica e mais termelétrica, o que encarece o custo global de geração.

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No seu negócio de instalação de placas fotovoltaicas, a maior parte costuma ser feita por proprietários que já vivem no imóvel, buscando reduzir a conta de luz. A economia pode chegar a 90%, segundo Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar.

Em imóveis em construção, principalmente de alto padrão, é comum que o projeto já considere uma futura instalação dos painéis solares, facilitando a fixação no telhado e a passagem de cabos, diz.

"É preciso avaliar o tipo de telha e a integridade da construção, para entender se é necessário algum tipo de obra para compensar o peso dos painéis ou a instalação de estruturas de suporte para colocar os painéis solares", explica.

De acordo com Meyer, dados de mercado apontam que custo médio para colocar placas fotovoltaicas no telhado de uma "residência média" brasileira é de R$ 14.720, na soma de equipamentos e instalação.

O executivo lembra que mesmo quem opta pela energia solar não fica sem a rede elétrica da distribuidora de energia, pois ela é necessária para o funcionamento do inversor solar.

Esse é o equipamento que converte a energia do painel em eletricidade para uso no imóvel e garante o fornecimento de luz durante a noite ou outros momentos em que os painéis não produzem energia.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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