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Na contramão de montadoras como Ford e Volvo, que pisam no freio diante de um mercado mais morno que o esperado, a Ferrari vai lançar seu primeiro carro 100% elétrico no fim de 2025. A estimativa é que seja um dos veículos mais caros do mundo, algo de “pelo menos” 500 mil euros (mais de R$ 3 milhões), segundo a agência Reuters.
Ainda há mais especulações do que respostas sobre o novo modelo. Não se sabe como será a aparência, volume de produção e nem se o motor a bateria fará o característico “ronco” dos propulsores a combustão da marca italiana.
Os carros elétricos da Ferrari serão fabricados em uma nova planta no norte da Itália, que terá o dobro do tamanho do Coliseu de Roma, segundo o New York Times. A nova unidade vai ajudar a companhia a aumentar sua produção em até um terço, para cerca de 20 mil unidades ao ano.
A Ferrari já produz carros híbridos desde 2019, inclusive com venda no Brasil, a exemplo do modelo Ferrari SF90 Stradal, o seu primeiro plug-in.
Modelo elétrico da Ferrari mira endinheirados ambientalistas
Benedetto Vigna, CEO da Ferrari, disse que a empresa começaria a produzir carros elétricos em larga escala em 2026 e que até 2030 esses modelos, somados aos híbridos, representarão até 80% da produção anual da grife de carros, de acordo com o NYT.
Apesar de o mercado de elétricos ter desacelerado, a Ferrari aposta em consumidores de carros de luxo ambientalistas. Além disso, busca se enquadrar nas rigorosas exigências da União Europeia para redução de emissão de gases de efeito estufa. Outro ponto é arrancar primeiro: a rival Lamborghini planeja começar a vender seu primeiro modelo elétrico em 2028, diz a Reuters.
Entre as várias conjecturas sobre o lançamento da Ferrari elétrica, Vigna assegurou ao NYT que o motor elétrico "não será silencioso". "Há maneiras de garantir que a emoção de dirigir uma Ferrari elétrica seja a mesma de quando você dirige um híbrido ou quando você dirige uma Ferrari térmica [a gasolina]”.