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O governo federal já considera a provável distribuição de 100% da distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras no Orçamento para fechar as contas de 2024. O valor calculado, referente ao resultado de 2023, seria em torno de R$ 14 bilhões. "Consideramos como cenário provável 100% da distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras", disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, segundo o Valor. Hoje vigora a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários retidos.
A expectativa da distribuição integral, porém, foi incluída na projeção de arrecadação para o ano no segundo relatório de avaliação de receitas e despesas do Orçamento, segundo a Folha de São Paulo. O documento foi encaminhado nesta quarta-feira (22) ao Congresso.
A distribuição dos dividendos foi motivo de briga interna no governo e, entre outros motivos, culminou da demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Em março, a Petrobras havia decidido não distribuir os dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões aos acionistas. A iniciativa fez com que a empresa perdesse R$ 55,3 bilhões em valor de mercado. Em abril, o Conselho de Administração da estatal decidiu pela distribuição de 50% dos dividendos extraordinários aos acionistas – e é o que está valendo até agora.
Segundo Ceron, o comunicado da Petrobras sobre os dividendos foi suficiente para a projeção do Tesouro. Ele negou que tenha houve pressão política. “No nosso entendimento, ata e comunicado são suficientes para cenário provável de distribuição dos dividendos ainda em 2024”.