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Energia elétrica

Moradores de Roraima seguem sem energia da Venezuela após Brasil retomar acordo de importação

Energia elétrica
Acordo foi firmado no final do ano passado para reduzir custo de geração de energia pelas termelétricas do estado. (Foto: Sebastião Moreira/EFE)

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O estado de Roraima ainda não começou a receber a energia elétrica importada da Venezuela após a retomada do acordo com o Brasil no final do ano passado pelo governo federal, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O motivo, segundo apuração da Reuters e Folha de São Paulo com o órgão, é de que os empreendedores autorizados para a operação ainda não realizaram um teste fundamental de 96 horas ininterruptas na linha de transmissão entre Brasil e Venezuela.

“Eles têm que fazer um teste de 96 horas contínuas e não conseguiram ainda fazer esse teste. Já passamos essa condição ao empreendedor. As datas para esses testes já venceram algumas vezes”, afirmou Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.

A operação seria conduzida pela comercializadora de energia Âmbar, pertencente ao grupo J&F, que negociou diretamente com a Venezuela a compra da energia da hidrelétrica de Guri. O contrato será fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa dos valores aprovados para a transmissão – R$ 2 bilhões por dois anos.

Embora o Ministério de Minas e Energia (MME) tenha anunciado em dezembro do ano passado a retomada da compra de energia da Venezuela, a falta de realização do teste essencial tem atrasado o processo.

O objetivo da retomada era reduzir os custos com o atendimento do Estado de Roraima, que não está integrado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e depende principalmente da geração termelétrica local, subsidiada pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) em torno de R$ 1,3 bilhão.

O Brasil esperava reduzir os custos totais para atender Roraima, uma vez que os valores praticados no contrato de comercialização entre Âmbar e Venezuela eram inferiores aos das termelétricas que atualmente fornecem energia para o estado.

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Apesar da aprovação da proposta pela Âmbar no ano passado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), a validade do acordo expirou em janeiro deste ano, sem que os testes necessários fossem concluídos.

A Gazeta do Povo procurou a Âmbar Energia para comentar o atraso no início da transmissão e aguarda retorno. O MME afirmou que “se mantém mobilizado para receber energia limpa e renovável da Venezuela”.

“A pasta entende que é essencial que se tenha custo mais baixo do que o praticado no sistema isolado de Roraima, que ainda conta com geração a partir de combustíveis fósseis”, pontuou a pasta.

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