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Acordo polêmico

Petrobras encerra contrato com a Unigel para produzir fertilizantes

Lucro da Petrobras
Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (Foto: Agência EFE)

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A Petrobras encerrou o contrato de fabricação por encomenda (tolling) com o Grupo Unigel. Segundo a petrolífera, o acordo assinado em dezembro não teve suas condições de eficácia atendidas dentro do prazo estabelecido, findo na última sexta-feira, dia 27.

A parceria previa que a Petrobras forneceria gás como matéria-prima em suas fábricas em Sergipe e Bahia, arrendadas pela Unigel, e receberia os fertilizantes produzidos nessas plantas. 

A produção por encomenda estava prevista para entrar em vigor em fevereiro, mas o prazo foi adiado várias vezes, inclusive por pedido do Tribunal de Contas da União (TCU), que solicitou suspensão do contrato por suspeitas de “irregularidades graves”. Além disso, o TCU estimou um prejuízo de R$ 487 milhões para a Petrobras caso o acordo fosse adiante, segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo.

A Petrobras disse que “as contratantes seguem na análise de uma solução definitiva, rentável e viável para o suprimento de fertilizantes ao mercado brasileiro”. Também afirmou que prevê a reorganização de suas operações no segmento de fertilizantes no âmbito de seu Plano Estratégico 2024-2028.

A operação foi feita na gestão de Jean Paul Prates à frente da Petrobras. A atual CEO, Magda Chambriard, porém, já afirmou, que vai investir “maciçamente no setor de fertilizantes”.

“É muito importante dizer que a nossa retomada ao setor de fertilizantes tem uma razão. Os fertilizantes são uma boa oportunidade para ampliar significativamente o mercado de gás. O gás é o nosso produto”, disse em sua posse, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Unigel, por sua vez, respondeu em nota à Gazeta do Povo que o contrato de tolling nunca foi efetivamente iniciado: “Uma vez que a sua eficácia estava condicionada ao cumprimento de certas condições precedentes, o que não ocorreu, extinguindo automaticamente o contrato para todos os efeitos”.

A companhia não especificou como vai dar continuidade ao projeto, na parte que cabia à Petrobras, mas garantiu que busca parcerias estratégicas que viabilizem a produção nacional de fertilizantes nitrogenados.

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