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Em seis estados

Petrobras pede licença ambiental para explorar energia eólica em 10 áreas marítimas

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

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A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (13) oficialmente sua entrada no segmento de geração de energia eólica em alto-mar (offshore), considerada uma das apostas na transição energética. Segundo o presidente da estatal, Jean Paul Prates, a empresa pediu licenciamento ambiental no Ibama em 10 áreas marítimas de seis estados. A ideia é aproveitar os ventos ainda mais fortes e constantes do que os em terra, quase nenhuma concorrência e a atenção de investidores.

Os pedidos para exploração da energia eólica em alto-mar incluem os litorais de Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Somadas, as áreas têm potencial para gerar até 23 GW de energia.

“A Petrobras torna-se hoje a empresa com maior potencial de energia eólica offshore no Brasil em capacidade protocolada junto ao Ibama”, afirmou Prates à imprensa no Brazil WindPower, evento do setor que acontece em São Paulo.

As expectativas para o crescimento da energia eólica no país continuam em expansão para projetos onshore (em terra). Os parques eólicos estão em sua maioria no Nordeste e devem abastecer principalmente o mercado interno.

No entanto, embora seja uma fonte limpa e renovável, os ventos na costa brasileira são irregulares e mais fracos do que os que ecoam no mar. Por isso, a exploração em alto-mar vem tomando o lugar de destaque neste modelo de fonte renovável.

Capacidade de energia eólica offshore é de quase quatro vezes da existente

Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta semana, mostra que o potencial energético offshore brasileiro é de cerca de 700 GW, o que representa 3,6 vezes a capacidade de energia já instalada no país. De acordo com a CNI, até agosto, o Ibama recebeu 78 pedidos de licenciamento.

É mais caro e difícil instalar um sistema com turbinas eólicas no mar - dado ao seu tamanho, altura e falta de estabilidade em solo, dependendo do projeto. Mas o investimento vale o retorno. Isso porque, segundo especialistas, o hidrogênio verde de baixo carbono pode ser produzido nessas estruturas e a intenção é exportá-lo. Ou seja, é um novo mercado global, potencial e que pode pagar mais.

“Também estamos investimento massivamente em campanhas de medição de vento em plataformas fixas no mar do Rio Grande do Norte, Ceará e Espírito Santo, e em soluções eólicas offshore com universidades, como a eólica flutuante. Os dados coletados permitirão uma avaliação detalhada do potencial offshore e a definir o potencial de parque eólico e as tecnologias”, disse Prates.

Petrobras investe em mega aerogerador com a empresa Weg, de eletrônicos

Mais cedo, a Petrobras também anunciou que vai investir R$ 130 milhões para desenvolver um aerogerador (turbina eólica) onshore de 7 megawatts (MW) em parceria com a empresa de equipamentos eletrônicos Weg. O projeto já está em andamento e será primeiro e maior deste porte, segundo a empresa. “A projeção é que (o aerogerador) possa ser produzido em série a partir de 2025”, sinalizou o presidente da Petrobras.

O aerogerador tem 220 metros de altura do solo até a ponta da pá, o equivalente à altura de seis estátuas do Cristo Redentor. Seu peso é de 1.830 toneladas de peso, o que correspondente ao peso de cerca de 1660 carros populares.

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