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O preço do gás natural às distribuidoras será reduzido em 1,41% em média a partir do dia 1º de novembro pela Petrobras, de acordo com um comunicado emitido nesta terça (15). A queda, no entanto, não se aplicará ao gás de cozinha vendido em botijão de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), que custa R$ 106,71 em média o de 13kg segundo a própria estatal.
De acordo com a companhia, a queda ocorre por conta dos contratos firmados pela empresa com base na variação do preço do petróleo do tipo Brent – referência no mercado internacional – e do câmbio. A queda para o próximo trimestre será de 7,43%, enquanto a valorização do real frente ao dólar está em 5,45%, fatores que influenciaram a nova redução.
A Petrobras ressaltou que o preço final do gás natural ao consumidor é determinado não apenas pelo preço da molécula, mas também pelos custos de transporte até as distribuidoras, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, pelas margens de lucro e pelos tributos federais e estaduais.
No caso do Gás Natural Veicular (GNV), os preços também são influenciados pelos custos nos postos de revenda. As tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme a legislação vigente.
Desde dezembro de 2022, o preço médio da molécula de gás acumula uma redução de aproximadamente 18%, incluindo a queda anunciada para novembro. Com o prêmio por performance divulgado em maio de 2024, a Petrobras projeta que a redução acumulada pode chegar a 20%.
A empresa diz que também introduziu um novo mecanismo de incentivo à demanda que oferece preços mais de 10% inferiores aos atuais para volumes consumidos acima do compromisso mínimo, permitindo aos clientes pagarem menos pelo gás, de acordo com o consumo.
“O novo mecanismo é mais um na atuação da companhia no novo ambiente concorrencial do mercado de gás natural do Brasil. A empresa ambiciona ser a escolha número 1 das empresas parceiras e para isso trabalha com produtos competitivos, um novo canal de relacionamento com soluções construídas em processo de cocriação e analisa oportunidades conectadas com a transição energética”, disse a estatal no comunicado.
Além disso, a empresa aprovou neste mês uma nova carteira comercial com produtos mais competitivos para volumes contratados a partir de 2025, oferecendo maior flexibilidade ao mercado em comparação com o portfólio de 2023.
A nova carteira conta com 48 combinações possíveis entre produtos, permitindo que os clientes formem um portfólio ajustado às suas necessidades, com prazos de 4, 5, 9 e 11 anos e diferentes locais de entrega do gás.
A Petrobras informou, ainda, que essa política de maior competitividade foi impulsionada pelo aumento na oferta de gás natural com o início da operação do Projeto Integrado Rota 3 e a inauguração do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, no começo de setembro pelo presidente Lula.
O complexo tem capacidade para processar até 21 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, além de uma nova infraestrutura de escoamento com capacidade de até 18 milhões de metros cúbicos por dia.