Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, incluiu 47 projetos da estatal no Novo PAC, entre eles perfuração de poços na Margem Equatorial.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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A Petrobras já avisou: quer ser a número um em energia éolica offshore, aquela que usa o vento gerado em alto-mar para produzir energia. Mas esse não é o único modelo de energia renóvavel no radar da estatal. Só em setembro a empresa anunciou duas parcerias com o setor privado nessa seara: uma para fornecer combustível de baixo carbono à Vale e outra para desenvolver megaturbinas eólicas com a Weg.

Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, nos próximos quatro anos a companhia vai destinar de 6% a 15% de seus investimentos para projetos de baixo carbono. Tantos investimentos corroboram o desejo, já explicitado, do executivo de tornar a transição energética a marca da sua gestão.

No entanto, o presidente da Petrobras afirma que, a despeito de todas as outras matrizes em que a empresa está apostando, o petróleo vai conviver com a transição energética por muito tempo. Segundo ele, não existe a hipótese de a companhia se tornar uma "empresa de catavento".

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"Somos uma empresa de petróleo. Temos muito orgulho de ser uma empresa de petróleo. A humanidade precisa e ainda vai precisar de muito petróleo", disse Prates na última quinta-feira (28) em seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira realizado por FGV Energia e AmCham Rio, na capital fluminense.

Diante da plateia, continuou: "Queremos ser daqueles grupos que serão os últimos a produzir petróleo. Enquanto não houver um decreto, e isso não vai acontecer nunca, que acabou o uso do petróleo no mundo, nós queremos priorizar e produzir, porque é isso o que sabemos fazer de melhor. E isso é bom para a humanidade porque nós produzimos melhor do que os outros".

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Não por acaso, a Petrobras briga com o Ibama para obter licença ambiental para perfurar poço na Margem Equatorial, nova fronteira que é considerada um tesouro para o setor. As reservas estimadas, de 10 bilhões de barris de petróleo "recuperáveis", equivale a quase todo o pré-sal, que ao fim de 2022 tinha reservas provadas de 11,5 bilhões de barris.

O imbróglio acontece na Foz do Amazonas, em que a Petrobras busca licença ambiental para explorar o bloco “FZA-M-59”. Na última sexta-feira (29), o Ibama liberou a primeira licença ambiental para perfurar poços com a finalidade de pesquisa da capacidade de produção na Margem Equatorial. Porém, em outra região. A autorização abrange os blocos BM-POT-17 e o POT-M-762 no segmento da Bacia Potiguar, localizados na costa do Rio Grande do Norte.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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