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Energia eólica, movida pela força do vento, faz parte das opções oferecidas no mercado livre de energia
Energia eólica, movida pela força do vento, faz parte das opções oferecidas no mercado livre de energia| Foto: Pixabay

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que, no máximo, até 2030 todos os brasileiros poderão escolher de quem vão comprar energia. A “portabilidade” da energia significa que imóveis residenciais e pequenos negócios, hoje no mercado regulado, poderão migrar para o mercado livre, restrito às médias e grandes companhias - e baratear a conta de luz.

Atualmente, apenas clientes ligados à alta tensão podem entrar no mercado livre no Brasil. Esta opção os desobriga de comprar energia das concessionárias, como Copel, Light e Enel. Ao adquirir energia diretamente da geradora ou comercializadora, sem intermediários, a negociação é maior, o que pode render até 30% de redução na conta de luz em relação ao mercado cativo.

Até o fim do ano passado, essa restrição contemplava somente companhias com demanda superior a 500 quilowats (KW), como indústrias. Em janeiro, o mercado livre foi aberto para empresas de menores, como supermercados, academias, desde que ligadas à alta tensão. A estimativa é de que a abertura deste ano crie um mercado de, pelo menos, 100 mil novas empresas com contas mensais a partir de R$ 8 mil.

A estimativa do mercado era de que a inclusão de pequenos negócios e residências no mercado livre ocorresse em 2028.

“Nós vamos propor que, no máximo em 2030, todos os consumidores de energia tenham a condição de optar de qual fonte e de qual empresa vão adquirir a sua energia, como acontece em Portugal, na Espanha”, afirmou o ministro.

Na prática, o consumidor poderá escolher de quem vai comprar energia, assim como qual será a fonte (solar, eólica etc) - no mercado livre há um grande apelo pelas fontes renováveis. Em alguns países, a escolha é, inclusive, feita através do celular em um sistema parecido com a compra de serviço de telefonia.

A “portabilidade” da energia faz do Projeto de Lei (PL) de Reforma do Setor Elétrico. Segundo Silveira, o assunto está na Casa Civil e órgãos do governo vão discutir a proposta.

De acordo com o ministro, “o ganho é comprar energia mais barata”. Hoje, destacou, a energia do mercado (livre) é metade do preço do mercado regulado, porque quem compra energia para ele (regulado) são os leilões.

A lógica é que no cativo são poucas as concessionárias, além da questão da compra em leilões, que encarece, como citou o ministro. Já no mercado livre há mais de 500 comercializadoras, o que aumenta a concorrência e, por sua vez, as opções de preços para o consumidor final.

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