Em um ano em que os empresários e investidores ainda estavam tensos e bastante cautelosos sobre os próximos passos do mercado, o fundador e presidente da rede de restaurantes Madero, Junior Durski, decidiu que era hora de expandir e conquistar novos mercados. Foi a partir da união de várias vertentes como a estrutura já existente na rede, a qualidade dos produtos e preços justos que levaram o Madero a conquistar o Top de Marketing ADVB 2017 na categoria Varejo com o case “Madero – Crescimento na crise”.
O diretor de marketing do Madero, Leandro Lorca, fala que a premiação é resultado de um intenso trabalho focado na qualidade nos mais diferentes setores da rede para melhorar o resultado final, que é o atendimento e o que é servido ao cliente.
As equipes internas de engenharia e de arquitetura, por exemplo, foram responsáveis pelas obras dos novos restaurantes entregues neste ano, pela segunda fase da Cozinha Central em Ponta Grossa, além de reformas. Há ainda uma equipe de inauguração que acompanha a finalização das obras e dá suporte à equipe local que irá atuar no restaurante para que tudo esteja de acordo com o padrão de qualidade da marca. A equipe de marketing prepara e implanta todo o plano de mídia e de divulgação das novas lojas. “Não temos um segredo para explicar o crescimento do Madero. Temos um conjunto de fatores e de ações que resultam no excelente resultado que temos obtido”, afirma.
Faturamento
Em termos práticos, essas ações representaram para a rede de restaurantes um acréscimo de 63% no faturamento em relação ao comparativo com 2016, segundo Lorca.
Das 40 novas lojas programadas para 2017, 32 já foram instaladas, inclusive em cidades como Palmas, no Tocantins, que ganhou a primeira franquia da rede este ano. As demais estão programadas para 2018. Cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Brasília ganharam novas lojas do Madero.
Verticalização
Segundo Lorca, uma das estratégias de sucesso adotada pela rede foi a gestão verticalizada na produção, engenharia e logística, o que permite uma grande integração entre todas as áreas, garantindo maior autonomia e lucro. “O Madero produz quase tudo o que é servido nos restaurantes. Pouca coisa vem de fornecedores, como é o caso das frutas e verduras”, argumenta o diretor. “No Madero, a ação é verticalizada. Foi isso que mostramos em nosso case. Demonstramos como conquistamos resultados expressivos de desenvolvimento e crescimento buscando qualidade por meio da verticalização e integração da equipe, para ter domínio total sobre a qualidade.”
Esse modelo de gestão prevê, inclusive, a melhor forma de distribuição dos alimentos para os restaurantes da rede. Da fábrica em Ponta Grossa, onde é produzida grande parte dos alimentos servidos na rede, saem 22 caminhões de uma frota própria que abastecem os restaurantes. Ao assumir o controle da própria frota, o Madero não está apenas preocupado com o impacto financeiro, mas principalmente com a qualidade final de seu produto. “Há um grande controle de custos, sem abrir mão da qualidade. A preocupação é que o alimento seja transportado na temperatura adequada”, salienta Lorca.
Os resultados não demoraram a aparecer e atraíram inclusive a atenção de investidores. Somente no primeiro semestre deste ano, o Madero faturou R$ 314 milhões e a expectativa é encerrar o ano com R$ 740 milhões em faturamento.
Os outros dois finalistas da categoria Varejo foram a Herbarium, com o case “Parceria Natural Herbarium e Heel: Otimizando para Crescer” e o clube de futebol Paraná Clube com o case “Cale quem Duvida”.