Luciara Schulz, da Nossa Senhora da Penha: resposta ótima dos funcionários depois da troca do plano de saúde | Marcelo Andrade
Gazeta do Povo
Luciara Schulz, da Nossa Senhora da Penha: resposta ótima dos funcionários depois da troca do plano de saúde| Foto: Marcelo Andrade Gazeta do Povo

O número de empresas brasileiras investindo em programas de benefícios direcionados aos seus trabalhadores vem aumentando e ganhando novos contornos. São benefícios cada vez mais diferenciados na tentativa de melhorar a qualidade de vida e também conseguir a retenção dos talentos conquistados pelas empresas. Entretanto, entre os profissionais, ofertas de salários atrativos associados a bons planos de saúde ainda compõem a fórmula mais adequada na hora da escolha pela vaga do emprego ideal. 

Na Michael Page, consultoria que atua com recrutamento de profissionais especializados, o plano de saúde é tão negociado quanto o próprio valor do salário, explica o gerente sênior da empresa para o mercado do Paraná, Humberto Wahrhaftig. “Há inúmeros casos em que o profissional só fecha o contrato com a empresa depois de negociar muito bem esses dois pontos. Nessa hora, ele vai querer manter a rede de saúde, o médico, a clínica, os consultórios, o hospital onde era atendido anteriormente”, afirma.

A líder da área de consultoria da Mercer Marsh Benefícios, Mariana Dias Lucon, reitera essa questão. Ela, que atua diretamente com empresas interessadas em administrar melhor esse tipo de benefício e torná-lo mais competitivo e atraente aos colaboradores, salienta que a assistência médica e plano dentário, com acesso a clínica, é o benefício mais valorizado depois do salário. “Dependendo do nível do funcionário e do número de dependentes, o convênio de saúde pode representar de 20% a 30% do valor total da remuneração”, analisa.

Anvisa
Produtividade

Investir na saúde do trabalhador traz consequências diretas para o dia-a-dia da empresa que nem sempre são mensuráveis ou perceptíveis facilmente: melhoria da produtividade graças às melhores condições de saúde e de acompanhamento médico; redução no número de faltas ou afastamento por doença; suporte em casos de acidentes de trabalho, entre outras vantagens. “Hoje é um diferencial negativo a empresa não oferecer seguro de saúde com boa cobertura aos seus funcionários”, enfatiza Wahrhaftig. 

Para o profissional que está buscando uma nova oportunidade no mercado de trabalho, a coach de desenvolvimento de carreira Tania Klein destaca que, além de ficar de olho no valor da remuneração, é importante colocar na balança também os benefícios oferecidos pelo futuro empregador, principalmente convênios de saúde e plano odontológico, com uma boa cobertura, sem a coparticipação do trabalhador – ou seja, em que a empresa paga o valor integralmente, sem descontar nada do beneficiário. “É importante calcular o valor de mercado desses planos para todos os integrantes da família e incorporar ao salário, porque este é um dinheiro que provavelmente seria gasto se os benefícios não existissem”, pondera.

Há cerca de seis meses, a empresa de Ônibus Nossa Senhora da Penha, de Curitiba, trocou de operadora de assistência médica para o atendimento de seus colaboradores e dependentes, uma carteira que inclui mais de 600 usuários. A psicóloga Luciara Pereira Braga Schulz, que é a gestora do plano de saúde empresarial, conta que o objetivo foi adotar um convênio médico de uma operadora com uma boa rede de clínicas, de consultórios e prestadores credenciados em Curitiba para oferecer cobertura aos funcionários, a grande maioria formada por motoristas. “A resposta está sendo ótima. O número de médicos e hospitais credenciados vem aumentando rapidamente”, afirma.