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Uma das propostas do projeto The Hardest Run é reunir corredores em todo o mundo para promover a doação de medula óssea e ajudar na divulgação deste importante ato. Em apenas um mês a mobilização já alcançou mais de dois mil doadores cadastrados no time, que agora correm para ajudar a salvar vidas. No último sábado, 01, mais de 40 atletas se reuniram no Parque Barigui para um treino especial. Após a atividade, todos caminharam até o Hospital Nossa Senhora das Graças para doar sangue, plaquetas, granulócitos e fazer o cadastro para doação de medula óssea. O movimento foi acompanhado pelo embaixador do projeto, o maratonista extremo Marcelo Alves, que carrega o número #000.001 da equipe The Hardest Run

"É gratificante ver essa movimentação acontecendo. Nossa ideia é ver a campanha avançando de forma autônoma, exatamente como a atividade proposta hoje", conta Marcelo que viu toda a movimentação acontecer, principalmente, pelas redes sociais. 

A ideia de fazer a ação partiu do coordenador da assessoria de corrida 4Run, Leonardo Pontarolli. Para ele, é importante aproveitar o papel influenciador que o grupo tem para conscientizar e até promover movimentos como o que houve neste sábado. "Boa parte já tinha finalizado o treino e esperou para fazer a caminhada. Mas muitos vieram apenas para a caminhada e, com isso, percebemos como a causa movimenta as pessoas", afirma Leonardo que planeja divulgar o projeto de maneira mais constante para que ele saia de Curitiba. "Acredito que a corrida funciona como uma rede, que motiva a ter uma vida saudável. Influenciar para a doação é mais um passo" avalia Leonardo que não era doador e estava a disposição para fazer seu cadastro no hospital. 

Para o diretor do HSNG, Flaviano Ventorim, falar sobre a causa, sobre as doenças, sobre as histórias, sobre como ajudar seja por meios de campanhas, vídeos, entrevistas faz com que as pessoas tomem conhecimento a respeito da doação. "Quem está distante da realidade hospitalar acaba não sabendo que simples gestos de amor podem fazer a diferença para muitos pacientes e até salvar vidas. A única ressalva é que essa conscientização precisa ser constante para que as motivações não sejam pontuais, mas o ano inteiro. Vemos que muitas vezes, campanhas acabam lotando os bancos de sangue, e até sobram estoques de sangue, e depois que passa o momento, as pessoas deixam de doar", completa Ventorim. 

 

A Aline Dossa Mendes, uma das participantes do movimento, é doadora há alguns anos e tem seu cadastro no banco de medula. "Em 2005, a prima de um sobrinho teve leucemia e precisou de sangue e plaquetas. Naquela época eu e meu marido nos cadastramos como doadores. Dez anos depois, foi nossa vez de precisar", conta Aline que recebeu a notícia da leucemia do marido, Maicon Mendes, em janeiro de 2016. Como não havia doadores compatíveis na família, eles aguardaram até março de 2017 para localizar alguém. A resposta veio de uma moça na Alemanha, de apenas 27 anos e 90% compatível com Maicon. O transplante aconteceu em maio deste ano, e ele segue em recuperação. 

Para Aline, o projeto vem reforçar algo fundamental, que muitas vezes não recebe a importância e a atenção merecidas. "Um projeto como The Hardest Run é extremamente necessário, pois o Brasil tem muita miscigenação, o que dificulta encontrar doadores compatíveis. O Brasil tem o terceiro maior cadastro de doadores do mundo e como ele é internacional, está tudo interligado. Só quem passa por isso, ou acompanha alguém próximo, sabe a importância de uma campanha como essa", comenta Aline. 

Além das campanhas para novos cadastros, vale reforçar que manter o cadastro atualizado é muito importante. Outro fator que merece destaque é que ainda há falta de doadores de diversidade étnica. Por isso, é importante o cadastro de medula de doadores voluntários das etnias negra, indígena e asiática, dos quais atualmente existe carência. 

Cuidar da saúde e cuidar dos outros 

Na fila de doadores estava o atleta Guilherme Arruda, ultramaratonista reconhecido pela história de superação. Após chegar aos 111kg, Guilherme deu uma virada na sua vida e passou a correr para aliviar o estresse e a ansiedade, além de cuidados com a alimentação para perder peso. Hoje ele está com 79kg e se tornou um influenciador digital, motivando pessoas a mudarem seus hábitos e viverem de forma saudável. "Encontrei na corrida um escape. Consegui emagrecer e levo a qualidade de vida como minha bandeira principal", conta Guilherme que desconhecia o processo de doação de medula. "Tive acesso às informações para doar por meio do The Hardest Run e, por este motivo, considero o projeto tão importante. Para mim, é muito gratificante estar aqui hoje participando de uma campanha como essa", completa Guilherme que hoje trabalha para influenciar outras pessoas a fazerem o mesmo. 

Para ser doador de sangue e medula voluntário é necessário ter entre 18 e 55 anos, estar com bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, nem doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Basta comparecer a um banco de sangue e manifestar o seu desejo de ser um doador. Cuidar da saúde é bem importante, pois nunca se sabe quando o doador será chamado.

Equipe The Hardest Run 

 Para fazer parte da equipe The Hardest Run basta se cadastrar e levar a causa onde e da forma que puder. A pessoa receberá um número vermelho exclusivo e que será dela para sempre. A ideia é usar esse número em provas de corrida que ela participar. Outras sugestões são: 

• Contar para amigos e familiares sobre o movimento, convidá-los para fazer parte e incentivar a contribuir com a causa, cadastrando-se como doador de medula ou como doador de plaquetas e granulócitos para pacientes. 

• Postar e compartilhar informações do movimento em suas redes sociais. Quando fizer postagens sobre corrida utilizar sempre a #thehardestrun #thehardestrunners ou #rednumberteam para reforçar que faz parte de uma equipe. 

• Se cadastrar como doador de medula óssea, plaquetas e granulócitos. 

• Ficar ligado nos canais do grupo, contribuir e/ou mobilizar pessoas quando chamados para entrar em ação. 

• Participar dos eventos e corridas temáticas. 

Qualquer pessoa de qualquer cidade ou país, pode participar e ajudar. Para se inscrever como Hardest Runner e receber mais informações sobre o movimento, basta acessar http://www.thehardestrun.com.br/  

Além dos corredores, o movimento também conta com um grupo de apoiadores que prometem levar a causa ainda mais longe. The Hardest Run já conta com o apoio do estúdio Matilha, da produtora The Youth Films e da agência P+G. A correalização é do Hospital Nossa Senhora das Graças.