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Rubén Magnano, o técnico argentino que recuperou o time nacional de basquete: prioridade foi reforçar a defesa | Mustafa Ozer/ AFP
Rubén Magnano, o técnico argentino que recuperou o time nacional de basquete: prioridade foi reforçar a defesa| Foto: Mustafa Ozer/ AFP

Rubén Magnano revela obsessão por defesa

O Brasil está a uma partida, a 48 minutos de bola quicando, de voltar a classificar sua seleção masculina de basquete para uma Olimpíada. Mas o adversário é o único que o venceu neste Pré-Olímpico, ainda na primeira fase. Na ocasião, a derrota por 79 a 74 foi causada principalmente por uma péssima partida defensiva dos brasileiros.

A evolução da equipe, que depois venceu a Argentina e atropelou Porto Rico, outros semifinalistas, ocorreu exatamente quando a defesa melhorou. Por isso, o técnico Rubén Magnano quer atenção máxima na marcação dos dominicanos.

"A defesa é uma questão de aprendizado. Quem não sabe defender, que aprenda, e aquele que puder, pelo menos que se sacrifique", disse o técnico argentino que levou a seleção de seu país a uma inédita medalha de ouro olímpica e a um vice-campeonato mundial.

O treinador aponta três jogadores que precisam ser neutralizados e que deram "muito trabalho" no jogo da primeira fase: Al Horford, Jack Martínez e Francisco Garcia.

Os três estão entre os destaques do torneio. Horford, pivô do Atlanta Hawks, da NBA, é o terceiro maior cestinha, com 149 pontos. Também pivô, Martínez, que joga no seu país, pelo Cocolos, é o maior reboteiro (97 rebotes) e García, armador do Sacramento Kings, também da NBA, é líder nos tocos, com 10.

Se vencer o Brasil, a República Dominicana disputará uma Olimpíada pela primeira vez. O basquete naquele país vive clara evolução. Até este Pré-Olímpico, o maior momento da equipe havia sido o quinto lugar na Copa América de San Juan, em Porto Rico.

Mar del Plata, Argentina - A seleção brasileira masculina de basquete entra no ginásio Islas Malvinas, hoje, às 19 horas, carregando nas costas o peso de 16 anos sem participar de uma Olimpíada. Uma vitória sobre a República Domi­­ni­­ca­­na reconduzirá, finalmente, o país ao evento, em 2012, em Lon­­dres. E completará uma sucessão de feitos históricos alcançados pela equipe desde que se iniciou o Pré-Olímpico, em 30/8.

O time dirigido por Rubén Magnano, campeão olímpico com a Argentina em Atenas-2004, deixou para trás marcas incômodas. Pontos nos quais o Brasil tropeçava sistematicamente desde a última participação em Olimpíada, na edição de Atlanta-1996.

Foi agora, em Mar del Plata, que o Brasil derrotou a Argentina em um classificatório olímpico pela primeira vez desde 1995. Os maiores rivais da seleção foram os responsáveis diretos pela ausência em Pequim-2008.

O Brasil estava a uma vitória dos Jogos, assim como hoje. Mas o rival era a Argentina, então campeã olímpica. "A situação era idêntica, independentemente da qualidade do rival. Mas aquela experiência nos serve para manter os pés no chão", disse Marce­­linho Ma­­cha­­do, de 36 anos, que, pe­­lo quarto ci­­clo olímpico, tenta a vaga.

Na edição atual, os argentinos, assumidamente favoritos a uma das vagas para Londres, e com seis vitórias no torneio, caíram ante os brasileiros por 73 a 71, com o apoio de 7.500 torcedores.

Outro escrita derrubada em Mar del Plata foi o triunfo sobre Porto Rico. Desde 1995, houve cinco duelos importantes, com cinco derrotas brasileiras. No tor­­neio, porém, os comandados de Mag­­na­­no venceram por 94 a 72. "Temos de ganhar dos dominicanos. Aí podem associar o fei­­to a qualquer coisa", disse Tiago Split­­ter.

Todos os tabus foram superados sem contar com três importantes jogadores: o ala-armador Lean­­drinho e os pivôs Nenê e Anderson Varejão, que não participam por motivos pessoais ou físicos.

Isso forçou a convocação de novatos como Rafael Luz, 19, Au­­gusto Lima, 19, e Rafael Hettshei­­meir, 25. "Mostramos aqui que o Brasil não depende de só um jogador, mas de todos", disse Magnano.

Se falhar hoje, o Brasil ainda terá uma chance de estar em Londres, mas terá de lutar pela vaga em um dificílimo Pré-Olímpico mundial. Na outra semifinal, a Argentina encara Porto Rico, às 21h15 (de Brasília).

Ao vivo

Brasil x Rep. Dominicana, às 19 horas, no Sportv 2, ESPN Brasil e Bandsports.

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