Estratégia
Lopes descarta espetáculo para evitar a queda
Quando Antônio Lopes assumiu o Atlético, na 17.ª rodada, o clube estava na zona de rebaixamento e muitos já davam a queda como certa. O técnico foi impondo seu estilo. Sem exigir apresentações de extrema qualidade técnica, o Delegado adotou um futebol de resultados na luta contra a degola. Hoje, frente ao Botafogo, se a vitória que livra o Furacão da queda vier, será mais uma vez da forma pragmática.
"Acho que não tem de dar espetáculo. Se der para fazer, tudo bem, mas o que realmente importa é vencer", garante o treinador. "Isso é um jeito do professor e vem dando certo desde que ele chegou. Hoje estamos bem fisicamente para fazer isso", comenta o meia Marcinho, reconhecendo a cobrança para que atacantes também participem da missão de anular os adversários.
Na quarta-feira, o colunista da Gazeta do Povo Tostão, escreveu que Lopes obriga o adversário a ser tão ruim quanto a equipe dele. "É a opinião dele. Direito dele", diz o Delegado. "Ficar falando sem estar dentro de campo é fácil. Ele (Tostão) que assista ao nosso jogo que vamos dar a resposta", avisa o goleiro Galatto.
Atlético precisando vencer em casa uma partida decisiva para não correr o risco de ser rebaixado. A situação não é nova. No ano passado, diante do Flamengo na última rodada do Brasileiro, o drama teve final feliz para os atleticanos com a vitória por 5 a 3. Hoje, contra o Botafogo, às 17 horas, pela penúltima rodada, a ideia é repetir o fim da história.No entanto, se não conseguir acabar com o perigo na Arena, o Rubro-Negro pode ficar em situação ainda mais delicada para a partida final, quando enfrenta o Barueri, em Presidente Prudente. Assim como em 2008, o Furacão só depende de uma vitória, mas agora em dois jogos, para encerrar a agonia.As semelhanças entre as duas temporadas envolvem também vários personagens. Dentro de campo, o goleiro Galatto, o zagueiro Rhodolfo e o volante Valencia são os jogadores que atuaram no jogo de 7/12/08 diante do Mengo e iniciam o confronto com o Fogo.
"A pressão é a mesma do ano passado, quando estávamos em situação ainda pior. Não importa se nesse ano ainda temos dois jogos para escapar. Temos de vencer o Botafogo como se fosse a última partida", pede Rhodolfo. "Era uma situação um pouquinho mais dramática, mas conseguimos fazer o resultado. Neste ano tenho certeza de que mais uma vez a Arena vai estar lotada para nos ajudar a fazer o nosso dever", comenta Galatto.
Fora do gramado, apenas um nome extremamente envolvido com a salvação-2008 segue no clube tentando a salvação-2009. O agora presidente Marcos Malucelli foi o diretor de futebol tampão que conseguiu às pressas reorganizar um elenco desunido e desacreditado na temporada passada.
"Nem consideramos a hipótese de rebaixamento", reitera o dirigente, sabendo que a tragédia de um descenso afetaria duramente a sua gestão, já marcada por problemas financeiros o clube deve virar o ano com cerca de R$ 17 milhões de déficit.
Na direção do time, se o ídolo Geninho eternizou-se como herói rubro-negro ao comandar a fuga há um ano, o técnico Antônio Lopes também deseja ser lembrado pelo feito desse ano. O Delegado já está na sua quarta passagem pelo Atlético. Na Arena, em 37 partidas com Lopes no banco, foram apenas três derrotas (nenhuma no atual Brasileiro).
"O ideal é sempre ser campeão. O Atlético nesses dois anos está lutando para não ser rebaixado, mas isso é normal no futebol. Acontece com outras equipes também", aponta o treinador.
Ao vivo
Atlético x Botafogo, às 17 horas, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).
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