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Tenho observado a inquietação da torcida atleticana diante da saraivada de notícias, informações, contrainformações, insinuações e denúncias em torno das obras da Arena da Baixada. O processo foi mal conduzido desde o início, quando o ex-governador do estado (Roberto Requião) não recebeu em palácio o presidente da CBF, então representante da Fifa, e teve de pagar o vale mais adiante comparecendo à sede da entidade, na Barra da Tijuca, para evitar que Curitiba ficasse fora da Copa.

O governo e a prefeitura da capital analisaram as possibilidades e decidiram pela Arena como o estádio ideal para a realização dos jogos do megaevento, de olho na grande verba que já começou a ser repassada pelo governo federal por meio do PAC da Copa. A solução encontrada pelos governantes para retribuir o sacrifício do clube (que, além de perder significativo número de sócios, teve de correr atrás de uma praça com muitos prejuízos para realizar as partidas da equipe nesta temporada) foi o repasse do potencial construtivo – não em dinheiro, mas sim em cotas.

Os interesses de alguns e a inveja de muitos tentaram e continuam tentando transformar o Atlético em uma entidade oportunista, quando, na realidade, sem obedecer as múltiplas exigências do caderno de encargos da Fifa, poderia ter concluído a sua praça esportiva com recursos próprios e não passaria por tudo isso a que estamos assistindo nos últimos anos. Para agravar a situação surgiu o vice-presidente José Cid Campêlo Filho posicionando-se contra algumas questões no andamento das obras e na celebração de contratos com consultores e fornecedores, acusando o presidente Mario Celso Petraglia de favorecer familiares.

Tipo do assunto para ser discutido internamente, no ambiente do Conselho Deliberativo, e não por meio da mídia, causando mal-estar e aumentando o grau das lentes que fiscalizam os trabalhos.

Seria compreensível se as denúncias fossem apresentadas pela oposição da atual diretoria, mesmo custando tremendo desgaste à imagem do clube e dos envolvidos, mas a dissonância originou-se no ceio da própria diretoria no comando do processo. Isso é bastante complexo e deixou a torcida atônita.

Muito natural que o Tribunal de Contas tenha sido acionado e oferecido o seu parecer, afinal, o potencial construtivo representa dinheiro público injetado em empresa privada – conforme a engenharia encontrada pelas autoridades para viabilizar a realização do empreendimento internacional em Curitiba, com inúmeros benefícios para o turismo, lazer, comércio, indústria, rede hoteleira, bares, restaurantes e serviços em geral. Pelo envolvimento dos órgãos públicos, das autoridades oficiais que celebraram o compromisso com a Fifa e a determinação dos dirigentes do clube, sinto que, em qualquer circunstância, a Arena estará pronta para a Copa do Mundo.

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