![A Arena do Petraglia Marcos Malucelli, presidente do Atlético, e Gláucio Geara, responsável pelo Deliberativo: depois de uma longa novela, um desfecho para a Arena | Albari Rosa/ Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2011/07/011766864b9331b557dcf3f70e0a5057-gpLarge.jpg)
As propostas
Veja o que ofereceram Triunfo, OAS e Petraglia:
Triunfo
Custo: R$ 193 milhões.
Recursos do Atlético.
- Sem aPotencial Construtivo.
- Cobraria 5% de taxa .
OAS
Custo: R$ 220 milhões (sem isenção de impostos).
- O Atlético bancaria R$ 28 milhões, seria usado os R$ 90 milhões do potencial construtivo e o restante seria pago pela empresa, que buscaria empréstimo no BNDES.
- A OAS seria responsável por toda a despesa oriunda da Arena.
- O lucro proveniente do estádio seria dividido entre a empresa e o clube (50% para cada).
- Garantiria um bônus anual ao Atlético de R$ 5 milhões.
- Contrato de 20 anos.
Petraglia
Custo: de R$ 130 milhões a R$ 180 milhões.
- O Atlético bancaria o financiamento.
- Seriam feitos dois empréstimos, um de R$ 45 milhões e o outro com o restante do valor (usando o potencial construtivo como garantia).
- O prazo de pagamento é de 15 anos, com 3 de carência.
- Juros de 3,5% ao ano.
Time desfruta alívio inédito
Pela primeira vez no Brasileiro, o Atlético começou uma semana em paz. O sentimento que havia prevalecido logo após a primeira vitória, sábado, contra o Botafogo, voltou a ser destacado ontem no CT do Caju pelos jogadores e pelo técnico Renato Gaúcho. A palavra mais repetida foi "alívio".
Mario Celso Petraglia está de volta ao Atlético. Principal dirigente do clube entre os anos de 1995 e 2008, o ex-presidente (95-99) conseguiu convencer 119 colegas de Conselho Deliberativo, que decidiram pelo nome de MCP para tocar as obras de conclusão da Arena visando a Copa de 2014, primeiro passo para voltar a ter o poder integral dentro do Furacão é candidato declarado no pleito do fim do ano.
Com isso, tanto a OAS (35 votos) quanto a Triunfo (0), construtoras que também manifestaram o desejo de reformar o estádio estão oficialmente fora da disputa. Houve 27 abstenções.
Petraglia pretende pôr seu plano em prática imediatamente, a tempo de fazer com que Curitiba volte a pleitear ser uma das cinco sedes da Copa das Confederações em 2013 nos bastidores, porém, é dado como certo a exclusão da cidade.
A proposta que fez amolecer o coração dos conselheiros consiste em o Atlético bancar a sua parte na engenharia financeira, que conta também com a participação da prefeitura municipal e do governo do estado.
Grosso modo, baseado no orçamento que lhe foi apresentado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc), de até R$ 180 milhões, MCP pretende buscar no mercado o valor integral obra. Pelos cálculos do ex-presidente, seria necessário fazer dois empréstimos, um de R$ 45 milhões e outro, mais alto, com o valor restante, ainda indefinido.
Neste caso, o potencial construtivo, ferramenta disponibilizada pela prefeitura de Curitiba, seria usado como garantia do empréstimo junto ao Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) do estado. Segundo o dirigente, o clube teria 15 anos para honrar o compromisso, com 3 anos de carência para o início do pagamento. Os juros estimados em 3,5% ao ano.
Administrar todo e qualquer assunto relativo ao Mundial era tudo o que o Petraglia queria. Foi justamente a recusa em deixá-lo liberado para tratar com exclusividade do tema dentro do Atlético que fez com que o dirigente rompesse com o atual presidente rubro-negro Marcos Malucelli, a quem ajudou a eleger em 2008.
O retorno de MCP ao Furacão, porém, fica resumido à pauta Copa por enquanto. Não tentará ser vice-presidente nas lacunas abertas pelas renúncias, no começo do mês, de Enio Fornea e Yára Eisenbach. Petraglia também não deverá tentar o impeachment de Malucelli, cujo mandato termina no fim deste ano.
"Não foi uma vitória do Petraglia e sim do Atlético. Nossa proposta é uma modelagem clássica, só que com os benefícios, garantias de que todo o resultado do investimento, as receitas serão exclusivamente do nosso clube. Faremos uma transformação e o Atlético será um dos maiores clubes do Brasil e das Américas. Não vamos dividir nosso suor com empreiteiras; ficaremos com recursos para fazer o futebol que todo o atleticano quer ver", disse MCP, logo após a confirmação de que a Arena voltará a ter a sua assinatura.
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