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  • Veja a nova cara que Luxemburgo e Muricy deram aos seus times

Não chega a ser uma novidade. O ex-técnico Vanderlei Luxem­­bur­go já havia usado essa opção al­­gumas vezes, mas a escalação do meia Diego Souza como segundo atacante do Palmeiras parece ter convencido o novo técnico do líder do Brasileiro, Muricy Ramalho.

Com o jogador adiantado para atuar ao lado de Obina, o Al­­vi­­verde paulista venceu as três últimas partidas e se tornou o time com melhor início de campeonato desde a implantação dos pontos corridos em 2003. Uma marca que era do próprio Muricy, comandando o São Paulo de 2006.

No 3 a 0 sobre o Corinthians, ele era apenas observador, en­­quanto o interino Jorginho fazia sua despedida. Mas nos dois 1 a 0, so­­b­­re Fluminense e Sport, começou a colocar suas características na equipe. Não deu para deixar de notar o pragmatismo, principal marca do São Paulo tricampeão nas últimas temporadas. Uma equipe sólida, que praticamente não corre riscos e castiga as falhas do adversário.

Opção de jogo que, devido à falta de criatividade, cria embaraços em casa, como na apertada vitória sobre o Flu. Fora é um tormento para os oponentes, pressionados pela própria torcida a se exporem, como o Sport no sábado.

Três zagueiros, dois volantes, dois alas comedidos, um meia armador, um meia-atacante e um homem de frente tende a ser a formação definitiva de Muricy em busca do tetra – variando do 3–5–2 ao 4–4–2, com Marcão deixando de ser zagueiro para ocupar a lateral-esquerda.

Bem diferente do time de Lu­­xemburgo, com apenas um vo­­lante de ofício, Diego Souza auxiliando Cleiton Xavier na armação e Willians formando a dupla de frente com Keirrison (hoje no Benfica). Na teoria, uma formação mais ofensiva. Porém a ocupação de espaços exigida pelo perfeccionista Muricy tem funcionado muito melhor nos últimos anos.

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Gênio: Ricardo Gomes (foto 1)

O técnico conseguiu devolver o padrão de jogo ao São Paulo, conquistando quatro vitórias e um empate nas últimas partidas. No domingo minou o grande poder de fogo do Vitória em casa e não deixou de atacar, chegando ao 1 a 0 com um belo gol de Dagoberto.

Professor Pardal: Paulo César Carpegiani (foto 2)

Sem opções de frente, resolveu inventar para o duelo com o São Paulo. O ofensivo ala-direito Apodi foi mais uma espécie de segundo atacante. Porém não conseguiu abrir a defesa adversária e o Vitória ainda perdeu a força pela lateral.

Operário-padrão: Marcão (foto 3)

Muricy Ramalho adorou a polivalência do jogador palmeirense. Segundo o treinador, com Marcão em campo o time pode facilmente mudar de formatação tática: do 3–5–2, como zagueiro pela esquerda, ao 4–4–2, como lateral-esquerdo.

Peladeiro: Vágner (foto 4)

Ficar muito à vontade e trocar o calção em campo foi o grande erro do zagueiro do Náutico, que já tinha o amarelo e foi expulso no início do segundo tempo contra o Flamengo. A retranca perdeu força e a lambança de Cláudio Luiz ao entregar a bola do empate completou o serviço.

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