O goleiro Muriel segura uma das tentativas de ataque do Coritiba: jogadores alviverdes colocaram na boa atuação do arqueiro rival e na falta de sorte a perda de dois pontos importantes dentro do Couto Pereira| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Opinião

Falta voltar a abrir espaços na defesa adversária

Não foi só pela falta de pontaria que o Coxa não passou de um empate ontem, contra o Inter, na noite em que o vice-campeão da Copa do Brasil reencontrou sua torcida. O "abafa" exercido principalmente no início do jogo quase me iludiu. O time conseguiu criar bons lances – e desperdiçou todos. O que me preocupa, no entanto, é que a partir de certo momento, a equipe passou a viver de bolas alçadas na área, muitas delas sem propósito algum. O Coritiba de hoje não joga mais da mesma maneira incisiva e eficiente que mostrou anteriormente. Falta à equipe de Marcelo Oliveira voltar a descobrir espaços vazios, usar sua boa velocidade e criatividade para ultrapassar a marcação dos rivais. O retorno de Marcos Aurélio pode ser um passo em direção ao velho futebol, mas a reação na temporada não pode depender dele.

Fernando Rudnick, repórter.

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O Coritiba adiou, mais uma vez, sua esperada reação no Campeo­­nato Brasileiro. Ontem à noite, não passou de um empate com o Internacional, por 1 a 1, no reencontro com a torcida e no Estádio Couto Pereira após o vice-campeonato da Copa do Brasil.

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Depois de cinco rodadas e de mais um resultado longe do ideal, o Coxa segue flertando com a parte de baixo da tabela. O time do técnico Marcelo Oliveira permanece na 16.ª colocação, agora com quatro pontos – mesma posição do Ceará, equipe que abre a zona de rebaixamento.

No próximo sábado, fora de casa, o adversário no caminho da recuperação é o Cruzeiro. Com um ponto a menos do que o Alviverde, a Raposa também está pressionada pelo mau início de competição.

"Merecíamos uma vitória hoje [ontem]. [A situação] amarga um pouco, mas temos de lembrar que esse é o Brasileiro e jogamos contra uma equipe forte e experiente. Mas temos necessidade de pontuar para subir na tabela", disse o treinador, preocupado com a falta de pontaria de seus co­­mandados.

O único gol coxa-branca foi suado. O goleiro Muriel – com grande atuação – defendeu pênalti cobrado por Davi, que só conseguiu marcar no rebote (29/2.º). Antes, porém, o Coritiba viveu momentos de tensão, já que Glaydson acertou um bonito chute logo no reinício da partida (4/2.º) e abriu o placar para o Inter.

Até o empate, o Coritiba só teve uma chance de gol – Davi acertou a trave. A equipe da casa abusava de bolas alçadas na área, quase todas com as mãos do arqueiro colorado como o alvo. Ao contrário, no primeiro tempo, o Coxa conseguiu sufocar o time gaúcho, mas perdeu boas oportunidades.

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"Faltou bastante tranquilidade, e sorte também. Infeliz­­men­­te, não fiz os gols", lamentou o atacante Bill, responsável por mandar para longe alguns bons lances.

"Criamos bastante e poderíamos ter saído com um placar melhor. Vamos trabalhar para que as vitórias aconteçam. Esse grupo merece", destacou Davi. "Valeu pelo apoio [da torcida], mas não pelo resultado. Tinham de ser três pontos", fechou o vo­­lante Willian.