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Almanaque

A vitória de ontem aumentou para sete jogos a invencibilidade do Paraná diante do Cruzeiro. O último tropeço aconteceu em 2003, quando os paranistas perderam por 3 a 1 no Pinheirão. De lá para cá, o Tricolor venceu seis vezes e empatou outra.

O Paraná também reforçou seu status no Mineirão. São seis jogos sem perder, desde 29 de junho de 2004, quando foi goleado pelo Atlético-MG por 4 a 1.

O craque

Éverton

O menino arrebentou com o jogo. No pique, correu por dois, deu o terceiro gol para Josiel e ainda marcou o da vitória.

O bondeToninho

Toninho errou por cima, por baixo, pelos lados, em tudo. Acabou expulso. Deveria dar o bicho para o Éverton...

O guerreiroFlávio

O goleiro reafirmou o bom momento com quatro boas defesas. E olha que ainda tomou três gols! Culpa da zaga.

O cenário não era nada animador no Mineirão. O Paraná havia levado quatro bolas na trave, jogou com um a menos desde os 11 minutos do segundo tempo (Toninho foi expulso) e aos 35 perdia por 3 a 2 para o Cruzeiro.

Em uma reação eletrizante, tudo mudou. Na base de contragolpes rápidos e alterações ousadas do técnico Pintado, o Tricolor virou para 4 a 3, assumiu a liderança isolada do Brasileiro com nove pontos e é o único a ter 100% de aproveitamento na competição – só vitórias em três jogos.

O brilho do time da Vila Capanema não está só na tabela de classificação. A ponta dos artilheiros também é paranista com Josiel, que chegou a cinco bolas na rede no Nacional.

Enganaram-se os que levaram as mãos à cabeça quando souberam do adeus do treinador Zetti e do craque Dinélson nas últimas semanas. Sem os dois, que foram para Atlético-MG e Flamengo, respectivamente, o acerto da equipe ficou ainda melhor.

Joélson pela terceira rodada seguida não sentiu a responsabilidade de usar a camisa 10 (Dinélson estava no departamento médico cuidando de lesões nos tornozelos antes de ir embora) e até fez um golaço com uma bomba cobrando falta: foi o primeiro gol paranista, que igualou o marcador a 46 do primeiro tempo.

Do banco, Pintado nem de longe lembra a teimosia de Zetti que a turma do amendoim cansava de reclamar em jogos no Durival Britto. O treinador não mostrou medo de trocar e, principalmente, arriscar nas substituições, saindo do lugar comum.Após a justa expulsão de Toninho, que puxou Guilherme pelo braço sendo o último homem da defesa, ao invés de um zagueiro, entrou o volante Xaves. Mais tarde, com o placar empatado em 2 a 2, o recém-contratado avante Vandinho foi a opção no lugar do meia Joélson.Para fechar a noite feliz em Belo Horizonte, logo que tomou o terceiro gol (29 da etapa final), Pintado imediatamente chamou o garoto Éverton e tirou o capitão Beto. O prata da casa fez a jogada para Josiel empatar (35) e marcou o gol da vitória (37) após cruzamento de Parral.Apesar do ótimo momento, o técnico não deixou de cobrar os erros que precisam ser corrigidos na marcação, no posicionamento da defesa e na saída de bola.Mesmo assim, nada foi capaz de atrapalhar a inesquecível noite do Paraná no Mineirão. Uma atuação para mostrar que o time deste ano pode ir além da classificação à Libertadores conseguida pelo elenco de 2006.ß Robson De Lazzari

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