"Eu estou animado. Se eu não estiver, quem estará?". A pergunta é de Aquilino Romani, presidente eleito do Paraná, que assumirá o cargo na quarta-feira, em posse marcada para a sede da Av. Kennedy. Poucas palavaras, mas muito sobre o atual momento do clube. Logo após novo insucesso na tentativa de voltar à elite e convivendo cada vez mais com dificuldades financeiras, os paranistas desconfiam do próprio futuro.
Não sem motivos. Para entrar no próximo ano em condições bem melhores do que as de 2009, há muito o que fazer. Tarefas para Romani resolver, tão logo ele passe a ocupar a cadeira de Aurival Correia.
Renovação de contratos
Deverá ser a prioridade do novo presidente. No caso da conversa com os jogadores, trabalho mais de Aramis Tissot, o novo homem-forte do futebol tricolor. Algo para ser encaminhado já na próxima semana.
E tudo começa pelo acerto com o técnico Roberto Cavalo. Dada como certa há duas semanas, a permanência do treinador que recuperou o time na Série B virou novela e, até aqui, sem data para terminar.
Do grupo que disputou o Campeonato Brasileiro da Série B, 18 atletas têm contrato vencendo até o fim do ano. Entre eles, o goleiro Zé Carlos (pode voltar para o Avaí), o meia Davi (tem proposta do Vasco) e o atacante Rafinha (pertence ao São Paulo), destaques do time no desfecho do Nacional.
"Vamos trabalhar muito nisso logo depois da posse. Toda renovação é difícil, mas a maioria dos jogadores quer ficar. Acredito que vamos manter boa parte do elenco", diz Romani.
Por enquanto, apenas o volante João Paulo e o zagueiro Montoya parecem estar perto de um novo vínculo.
Parcerias e patrocínios
Com a provável saída da L.A. Sports, que deve dedicar-se somente ao Avaí, o Tricolor precisa encontrar parceiros o quanto antes para viabilizar seu futebol. A Zetex Sports surge como uma possível companheira, com a negociação envolvendo os jogadores das categorias de base do Paraná. Um novo fundo de investimento, costurado pelo futuro diretor de marketing, Renato Trombini, também pode ser uma solução para o momento.
Sobre os patrocínios, segundo Romani, o Tricolor está próximo de anunciar novidades. A continuidade da Via Luant, empresa de roupa masculina, é uma possibilidade. "É um assunto que está praticamente ok, devemos fechar com a posse. Depende de algumas questões jurídicas", diz o presidente.
União política
A paralisação dos jogadores na semana passada por causa de um salário e dois direitos de imagem atrasados , resolvida na sexta-feira, escancarou a falta de sintonia entre a atual e a futura diretoria do Paraná. De um lado, o ainda presidente Aurival Correia e o diretor de futebol Paulo Welter, chateados com a ausência dos novos componentes no Durival Britto, para dar a "cara para bater". No centro, Romani, equilibrando-se entre as responsabilidades antigas e o que está por vir. E do outro lado, componentes do grupo Revolução Paranista (que uniu-se à situação nas eleições), como Renato Trombini, à espera do início da nova gestão.
"Isso não é um problema. O Paulo teve razão em ficar chateado, pegou mal. Mas precisamos ter calma, vamos contar com todo mundo, com o pessoal que está aí e com o que vem em janeiro", aponta Romani.
Lula tenta se aproximar do favorito à presidência da Câmara, mas Hugo Motta quer independência
Maduro fala em usar tropas do Brasil para “libertar” Porto Rico; assista ao Sem Rodeios
Guinada da Meta pode forçar desvio de rota de STF e Lula quanto à censura nas redes
Enquete: você acredita que a censura nas redes sociais vai acabar após a declaração de Zuckerberg?
Deixe sua opinião