A origem e os momentos mais marcantes do clássico Atletiba

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A magia e o fascínio do clássico Atletiba, disputado desde de 08 de junho de 1924 entre Atlético e Coritiba, mexe com os corações de atleticanos e coxas-brancas. Nestes quase 70 anos de confrontos, histórias alegres, tristes, inusitadas e quase sempre emocionantes fizeram parte da história e acirraram a rivalidades entre os clubes.

Com um trabalho de pesquisa minuciosa e bem fundamentada, um grupo de torcedores do Coritiba chamado de "Os Helênicos" conta vários destes "causos" envolvendo o maior clássico do futebol paranaense em seu site.

Taça Fox, o início da rivalidade (06/09/1927, 20/02/1927 e 20/03/1927)

O primeiro clássico, vencido pelo Coritiba em 1924 por 6 a 3, foi historicamente marcante, mas os três jogos disputados em 1927 são considerados os responsáveis pelo surgimento da grande rivalidade entre os dois times.

"A loja de calçados Fox propôs para Coritiba e Atlético a disputa de um amistoso e premiaria o vencedor com um troféu. A partida terminou empatada em 1 a 1 e o empenho das equipes foi tão grande, que muitos atribuem a este fato o início da rivalidade entre os dois clubes. Como não houve vencedor, uma nova partida foi marcada. Resultado: 4 a 4. Na terceira partida, no estádio do Atlético, O Coritiba ganhou por 1 a 0 com gol do meia Ernesto.

Reação espetacular (01/09/1929)

"Campeonato da Cidade. Aos 35 minutos do 2º tempo o Atlético vencia por 4x1. Então começa a reação do Coritiba e em questão de nove minutos o placar já acusa 4x4. No último instante do jogo, o alviverde faz o quinto gol, mas o árbitro Luiz Guimarães anula o lance acusando irregularidade".

Atletiba da Gripe (21/05/1933)

"Vai começar o Campeonato de Cidade de 1933. A tabela marca um Atletiba, mas alguns dias antes da data prevista para a partida, os dirigentes rubro-negros solicitam sua transferência. A razão? Mais da metade de seu elenco encontra-se fortemente gripado. Os dirigentes coritibanos negam o pedido e a partida acontece. Em campo, o time atleticano se desdobra e consegue conquistar uma vitória por 2x1. Naquele jogo o Rubro-Negro ganhou o apelido de ‘Time da Raça’."

Neno x Caju (12/04/1942)

"Em 1942, o goleiro atleticano Caju defendeu a seleção Brasileira durante o torneio Sul-Americano. Em sua volta estava programado um Atletiba pelo campeonato regional. Naquela época existia uma disputa entre ele e o centroavante coritibano Neno, dois expoentes do futebol vindo da cidade de Araucária. A partida começa e, em pouco tempo, o Coritiba chega a 3x1. Caju sente que as coisas se complicaram e sai do gol com a bola dominada para tentar driblar Neno e acender o ânimo de seus companheiros de equipe. Mas, na primeira tentativa de drible, Neno é mais rápido, rouba-lhe a bola e marca o gol que decreta a vitória do Coritiba 4x1".

Virada Atleticana (14/03/1971)

"Valendo pelo campeonato paranaense, jogo aconteceu no estádio Belfort Duarte (hoje Couto Pereira). Aos 30 minutos do primeiro tempo, o Coritiba vencia por 2 a 0 e surge um pênalti para o Atlético. O maior ídolo do Rubro-Negro naquele tempo, Sicupira parte para a cobrança e erra. Ao contrário do que se esperava, o Furacão arranja forças e acaba virando o placar para 4 a 2.

150 mil pessoas viram a decisão de 1978 (10, 13 e 17/12/1978)

"Em 1978 a decisão do Paranaense aconteceu em três partidas, todas terminadas em 0 a 0. O título ficou com o Coritiba, que venceu nas cobranças de penalidades máximas. A presença do público foi simplesmente impressionante: cerca de 150 mil pessoas pagaram ingresso para assistir às três partidas decisivas".

Chocolate (16/04/1995)

Era domingo de Páscoa. Com três gols de Brandão, um de Jétson e outro de China (contra), o Coritiba venceu seu rival por 5x1. O jogo foi histórico não pela comemoração dos atacantes do alviverde, que pularam feito coelhinhos, mas pela revolução ocorrida no Atlético. A partir daquele dia o Rubro-Negro nunca mais seria o mesmo e sob o comando de Mario Celso Petraglia o time chegou ao título de Campeão Brasileiro de 2001 e vice da Copa Libertadores em 2005.

Fonte:Os Helênicos