"Consegui rebater a bola depois da cobrança de um escanteio. Ela sobrou para um jogador do Palmeiras (Jorginho) bater de fora da área. O chute ia sair pela linha de fundo, do lado da trave, bem no local em que estava o juiz. Ao invés de abrir as pernas, ele tentou dar um pulo para trás para deixar a bola passar. Não deu tempo. Ela acertou nele e entrou." O gol feito pelo árbitro José de Assis Aragão marcou a carreira do goleiro Fiodermundo Marolla, então no Santos. O time todo partiu para cima do homem do apito, mas a bola na rede valeu o empate para o Palmeiras, nos acréscimos, pelo Paulista de 1983.
Mas a história de Marolla não se resume a sofrer um dos gols mais esquisitos do futebol nacional. Embaixo do travessão, mostrou qualidade. Além do Peixe, tem seu nome reconhecido de maneira especial no Atlético, no Colorado (atual Paraná), no Goiatuba (GO) e no Paulista (SP). "O que mais me faz falta é jogar. O futebol na minha época era praticado por amor, por prazer. Hoje a motivação é puramente financeira. A qualidade caiu muito", lamentou o camisa 1 tricampeão paranaense pelo Furacão em 1985, 1988 e 1990.
Paixão é justamente o que faz Marolla eleger o Rubro-Negro como clube que mais marcou sua vida profissional. "Encontrei jogadores que compartilhavam esse amor pelo esporte, que se uniram. Nos outros times, cada um via o seu lado", comentou. "Tínhamos todas as condições necessárias no clube. Devo muito ao presidente Valmor Zimmermann."
Evitando apontar um título como mais significativo, citou dois que considera importantes. O primeiro foi o estadual com o Furacão, em 1985. "Tinha acabado de sair do Santos e ainda precisava provar meu valor no Atlético. Ganhamos sem a necessidade de uma final", lembrou. Outro foi com o modesto Goiatuba, em 1992. "Valeu muito por ser a primeira vez que uma equipe do interior foi campeã", disse.
Quando aposentou a camisa 1, Marolla se aventurou como treinador. Comandou o XV de Jaú e as categorias de base do Mogi Mirim em 2000 e 2001, sem êxito. Foi então que ele aceitou um emprego oferecido por um amigo em uma empresa de próteses. É gerente de marketing. Ao mesmo tempo, conduz duas escolinhas de futebol. "Temos 300 alunos e somos em seis professores. Como viajo muito no meu trabalho, dou aula só aos sábados", contou.
Louco por bola, o ex-goleiro que virou atacante nas peladas prepara sua nova incursão ao mundo do futebol. Tem convite do Santos para assumir as categorias de base e do Corinthians para ser treinador de goleiros do profissional. "Prefiro o do Corinthians, por ser com o time de cima. Tudo depende da eleição de dezembro. Se a oposição ganhar, vou pra lá", falou.
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