Mercado
Dirigentes do Tricolor ainda não "digeriram" a saída de Ricardinho
Pedro Américo, especial para a Gazeta do Povo
Após quase duas semanas, a saída do técnico Ricardinho do Paraná ainda não foi superada pelos dirigentes do clube.
Em entrevista ontem à noite à Rádio 98 FM, o superintendente de futebol do Tricolor, Celso Bittencourt, falou sobre a dificuldade de "virar a página", apesar de Toninho Cecílio já ter sido contratado para o cargo.
"A saída do Ricardo foi muito forte", confessou Bittencourt. "Com certeza era um dos maiores guerreiros dessa luta [para recuperação do time]. Ele quis sair e a gente respeita", emendou o dirigente.
Questionado sobre o que motivou o ídolo paranista a sair do cargo, ele negou que os salários atrasados e a negativa à solicitação feita para contratar reforços (sobretudo para o ataque) tenham levado ao pedido de demissão, após o empate com o Barueri. "Ele saiu porque tinha um envolvimento muito grande com o clube, e quis evitar chegar ao limite [ser hostilizada pela torcida]", disse.
Celso Bittencourt foi questionado ainda se as revelações da categoria de base paranista terão de ser negociadas para colocar as contas em dia. "Sabemos que vai ser difícil segurar", revelou.
Segundo informações conseguidas pela reportagem, o atacante Luisinho já estaria em processo de negociação. Seus direitos econômicos são fatiados entre Paraná (50%), Trieste (20%) e o conselheiro e investidor Renato Trombini (30%). No caso deste último, se o faturamento ultrapassar os R$ 100 mil investidos, será repartido com o clube.
O zagueiro Alex Alves, destaque da temporada, é outro que tem atraído interessados.
O Paraná joga na sexta-feira, às 19h30, contra o São Caetano.
Reforço
O último reforço do Paraná para a Série B foi apresentado ontem. O zagueiro Rogério, de 24 anos, retornou ao clube após breve passagem em 2010. Ele estava no Criciúma.
Com a saída do técnico Ricardinho, o meia Lúcio Flávio, capitão do Paraná, virou o ídolo em exposição na equipe e carrega uma carga extra de pressão por causa disso. Assim mesmo, com contrato até o fim de 2013, o meio-campista garante que quer cumprir, no mínimo, metade do acordo, quando terá 34 anos. "Não é minha intenção sair".
Sem o técnico Ricardinho, também ídolo da torcida, está sobre você a responsabilidade de ser o elo entre o clube e a torcida. Como é lidar com ela?
Com a saída do Ricardo, a responsabilidade ficou comigo, pois ele é um cara também com grande identificação com o clube. Quero dar continuidade com muita certeza. Quero fazer valer isso que tenho com a torcida.
Foi justamente o Ricardinho que serviu para que você assinasse com o Tricolor. A saída dele influencia no teu futuro aqui?
Meu contrato vai até o final do ano que vem. Não é minha intenção sair antes do fim dele.
Acha que teu futuro passa por um vínculo além das quatro linhas com o Paraná?
Neste momento só penso na situação atual do time. Farei de tudo para ajudar a equipe. Temos de nos agarrar nas oportunidades que temos para sair da situação atual de risco.
Há muita preocupação com essa pontuação paranista, a sete pontos da ZR, dentro do grupo?
Temos de viver de realidade. Estamos mais perto dos últimos do que dos primeiros. Precisamos de resultados para que, no mínimo, lá na frente, fiquemos na primeira página da classificação.
E o que falta para o Paraná reviver seus melhores momentos nesta Série B?
Nós somos um time técnico, mas apenas isso não basta. Muitas equipes são menos técnicas do que a gente, mas se sobressaem porque se superam na marcação e na luta. Precisamos encontrar um equilíbrio.
O São Caetano, adversário de sexta, está brigando pelo acesso. O que significaria uma vitória sobre ele?
Não estamos bem fora de casa e acredito que este jogo na Vila possa servir para recuperar nossa autoestima e nos ajude a melhorar nos duelos fora de casa que estão por vir.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Eleição para juízes na Bolívia deve manter Justiça nas mãos da esquerda, avalia especialista
Deixe sua opinião