
Paraná aluga a Vila e "ganha" o Couto
O Paraná irá enfrentar o Criciúma em uma outra casa que não a Vila Capanema, no próximo dia 20, pela 31.ª rodada da Série B. Como haverá um show no local no dia 21, o Tricolor deve mandar a partida no Couto Pereira, estádio do Coritiba. O presidente alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, confirmou o pedido paranista e disse que não vê impedimentos para a cessão do campo, já que o Coxa joga fora de casa contra o Grêmio, pela Primeira Divisão, na rodada. Será cobrada apenas uma taxa simbólica.
"O nosso relacionamento com o Paraná sempre foi ótimo. Fazemos isso em retribuição a 2010, quando tínhamos o estádio interditado e mandamos dois jogos na Vila", lembrou o dirigente. Sobre uma possível reação do Atlético, que também usar o Couto em 2012, Andrade foi enfático: "O estádio é do Coritiba e ele empresta a quem bem entender", resumiu. (HA)
Há dez anos, os campinhos do Bairro Novo viram os primeiros passos de um atacante que teimava em não balançar as redes. Assim, o jejum de gols foi, pouco a pouco, empurrando o aspirante a boleiro para o campo defensivo. Depois de enfrentar o Paraná em um amistoso infantil e ser visto por um massagista do clube, o antigo camisa 10 se tornou, hoje, um dos zagueiros que comandam o Tricolor na Série B. Coisas da vida.
Relação com o comando do ataque que pôde ser vista no último jogo do clube. O relógio marcava 35 minutos do primeiro tempo e o placar exibia uma igualdade com o São Caetano que, nem de longe, era bem-vinda na Vila Capanema. Da área tricolor, os passos rápidos do zagueiro aproximaram a esperança da virada. O cruzamento foi preciso e a bicicleta perfeita configurou um ato quase impensado, reavivando a memória da revelação de 20 anos.
"Conversando com a minha família, depois de ver o gol umas 30 vezes [na tevê], brinquei e perguntei: será que fui eu mesmo que fiz?", brinca o jogador. "Não é um lance que vem na cabeça pra fazer, foi no improviso", revela ele, que deixou o ostracismo das categorias da base para ser um dos principais nomes do elenco tricolor atuou em 35 partidas como titular nesta temporada.
Segurança que rende vários elogios ao atleta de jeito calmo e o sorriso fácil fora das quatro linhas, algo bem diferente da obstinação demonstrada dentro de campo. "Ele é um zagueiro raçudo desde as categorias de base. Lá, ele já atropelava. O Alex não inventa, joga simples, para o time", analisa o ex-auxiliar técnico do Paraná e "padrinho" do prata da casa, Ageu Gonçalves.
Com quatro gols marcados em 2012 e contrato prolongado até 2015, o defensor reverte outra lógica para quem ganha a vida parando os adversários. Compensa a baixa estatura (1,81 m) com uma impulsão considerável.
"É difícil ele perder bola de cabeça, tem força e é veloz pra posição. Esse moleque trabalha demais, não tem preguiça para nada", avalia o técnico das categorias de base do Paraná Milton do Ó. "É muito difícil segurar um atleta desses, deve ter muita gente já de olho nele", acrescenta.
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