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Alex Alves posa na Vila Olímpica com a foto do lance em que marcou o gol de bicicleta sobre o São Caetano: noite inspirada | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Alex Alves posa na Vila Olímpica com a foto do lance em que marcou o gol de bicicleta sobre o São Caetano: noite inspirada| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Paraná aluga a Vila e "ganha" o Couto

O Paraná irá enfrentar o Cri­­ciúma em uma outra casa que não a Vila Capanema, no próximo dia 20, pela 31.ª rodada da Série B. Como haverá um show no local no dia 21, o Tricolor deve mandar a partida no Couto Pereira, estádio do Coritiba. O presidente alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, confirmou o pedido paranista e disse que não vê impedimentos para a cessão do campo, já que o Coxa joga fora de casa contra o Grêmio, pela Primeira Divisão, na rodada. Será cobrada apenas uma taxa simbólica.

"O nosso relacionamento com o Paraná sempre foi ótimo. Fazemos isso em retribuição a 2010, quando tínhamos o estádio interditado e mandamos dois jogos na Vila", lembrou o dirigente. Sobre uma possível reação do Atlético, que também usar o Couto em 2012, Andrade foi enfático: "O estádio é do Coritiba e ele empresta a quem bem entender", resumiu. (HA)

Há dez anos, os campinhos do Bairro Novo viram os primeiros passos de um atacante que teimava em não balançar as redes. Assim, o jejum de gols foi, pouco a pouco, empurrando o aspirante a boleiro para o campo defensivo. Depois de enfrentar o Paraná em um amistoso in­­fantil e ser visto por um massagista do clube, o antigo camisa 10 se tornou, hoje, um dos zagueiros que comandam o Tricolor na Sé­­rie B. Coi­­sas da vida.

Relação com o comando do ataque que pôde ser vista no último jogo do clube. O relógio marcava 35 minutos do primeiro tempo e o placar exibia uma igualdade com o São Caetano que, nem de longe, era bem-vinda na Vila Capanema. Da área tricolor, os passos rápidos do zagueiro aproximaram a esperança da virada. O cruzamento foi preciso e a bicicleta perfeita configurou um ato quase impensa­do, reavivando a memória da revelação de 20 anos.

"Conversando com a minha família, depois de ver o gol umas 30 vezes [na tevê], brinquei e perguntei: será que fui eu mesmo que fiz?", brinca o jogador. "Não é um lance que vem na cabe­ça pra fazer, foi no improviso", revela ele, que deixou o ostracismo das categorias da base para ser um dos principais nomes do elenco tricolor – atuou em 35 partidas como titular nesta temporada.

Segurança que rende vários elogios ao atleta de jeito calmo e o sorriso fácil fora das quatro linhas, algo bem diferente da obstinação demonstrada dentro de campo. "Ele é um zagueiro raçudo desde as categorias de base. Lá, ele já atropelava. O Alex não inventa, joga simples, para o time", analisa o ex-auxiliar técnico do Paraná e "padrinho" do prata da casa, Ageu Gonçalves.

Com quatro gols marcados em 2012 e contrato prolongado até 2015, o defensor reverte outra lógica para quem ganha a vida parando os adversá­rios. Compensa a baixa estatura (1,81 m) com uma impulsão considerável.

"É difícil ele perder bola de cabeça, tem força e é ve­­loz pra posição. Esse moleque trabalha demais, não tem preguiça para nada", avalia o técnico das categorias de base do Paraná Milton do Ó. "É muito difícil segurar um atleta desses, deve ter muita gente já de olho nele", acrescenta.

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