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 | Albari Rosa/Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Traço comum da cultura urbana, as tatuagens também entraram em campo no futebol paranaense. Jogadores que atuam no estado – ou nasceram aqui e fazem sucesso no exterior – registraram na própria pele palavras e imagens especiais. Vale o nome de familiares próximos, anjos, impressão digital da filha e até uma enorme reprodução de Jesus crucificado, como fez o zagueiro Naldo, nascido em Londrina e atuando no Werder Bremen, da Alemanha. O editor-assistente Rodrigo Fernandes, o correspondente Dirceu Portugal e repórter da RPC TV Rogério Tavares contam as histórias de algumas dessas tatuagens.

Estilo família (Foto 1)

O meia Lenílson segue a linha familiar na hora de se tatuar. Usou os ideogramas japoneses para homenagear a filha. Escreveu o nome da menina Samira no idioma do país asiático, no lado interno do braço direito. O jogador do Tricolor também aderiu à moda religiosa e colocou o "Deus é fiel" no corpo. No total, ele tem três figuras na pele. E promete mais. "Em breve vou fazer uma supresa para a minha esposa Carol e também para o meu filho Lucas Vinícius."

Proteção na pele (Foto 2)

Tatuado com um anjo gigante nas costas e com a frase ‘abençoado por Deus’ escrita em japonês no braço direito, o atacante do Engenheiro Beltrão, Fábio Freire, acredita estar protegido principalmente contra contusões durante as partidas. Os ‘amuletos’, segundo ele, foram feitos em 2007 em um período complicado da carreira, como jogador do Roma Apucarana. "Tive um ano de várias lesões, e por causa disso fiquei psicologicamente fragilizado. Além de gostar, depois das tatuagens as nuvens escuras sumiram", afirma.

Impressão digital (Foto 3)

O zagueiro Gustavo, do Atlético, tem duas tatuagens. No ombro direito, tem uma gueixa, feita em 2004, sem nenhum significado especial. "Simplesmente, gostei", conta. Já no antebraço esquerdo, o atleticano tem o desenho das duas mãos da filha Iasmim. O desenho foi feito quando a menina completou um ano, em 2008. Gustavo pediu para a filha colocar as mãos sujas de tinta no braço dele e depois foi no tatuador para eternizar o desenho. "Minha ideia era fazer algo que nos relacionasse", explica o defensor rubro-negro.

Em nome do filho (Foto 4)

O zagueiro Naldo, do Werder Bremen, da Alemanha, radicalizou. Ele tinha o desejo de fazer um Jesus Cristo nas costas e pediu a sugestão da mulher. Além do apoio, Carla ainda sugeriu que o jogador paranaense colocasse dois anjos no desenho, com a intenção de representar os dois filhos do casal – um ainda para nascer. O trabalho, feito na Alemanha, durou dois meses. "Fui fazendo aos poucos para não atrapalhar os treinamentos."

Lembrança de Bautista (Foto 5)

O argentinho Ariel Nauelpan, jogador do Coritiba, fez na pele uma homenagem à esposa e ao filho. O atacante colocou no antebraço direito o nome da mulher Bárbara e – em destaque – do garoto Bautista, dois dias após o nascimento da criança de um ano. "É uma forma de homenageá-lo", conta o atleta. O coxa-branca tem ainda outras duas imagens na pele: um tubarão e um tigre. No caso do felino, a história passa pelo sobrenome, com origem na tribo Mapuche. "Na língua indígena (Nahuelpan) quer dizer Tigre e Leão", diz.

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