Munique Em Munique, no belíssimo Allianz Arena, o Brasil terá reforço nas arquibancadas. Quem sabe, pode atuar como se estivesse em casa. É o que promete ou pelo menos espera o volante Zé Roberto, ao lado de Lúcio uma figura bem conhecida na sede do segundo compromisso verde-amarelo na Copa do Mundo. Ambos defendem o Bayern de Munique, o maior time local e um dos mais vitoriosos da Alemanha.
Há oito anos no clube, o camisa 11 de Parreira nunca perdeu nesse estádio. Ao todo, o volante disputou 16 partidas no campo construído especialmente para o Mundial. Foram 13 vitórias e apenas três empates. O retrospecto anima o jogador na esperança de a seleção sair de campo vitoriosa no placar e no futebol. Afinal, todos cobram uma exibição convincente, digna do posto de número 1 do ranking da Fifa. Bem diferente da protagonizada em Berlim, na última terça-feira.
"Já joguei bastante no estádio. Acho que o mais positivo é você jogar num local onde nunca perdeu. Isso te dá mais confiança. Com certeza, vou ficar mais à vontade", admitiu, ostentando muita tranqüilidade.
"Acho que o pessoal vai incentivar bastante o Brasil. Não sei se haverá muitos torcedores do Bayern no estádio, mas quem estiver lá vai incentivar a mim e à seleção", opinou, contando com o apoio popular mesmo já tendo indicado o fim de sua relação com Munique.
Seu contrato vence dia 30 de junho e ele avisou que não pretende renová-lo depois que as tentativas de acordo fracassaram. Sobre o futuro, porém, Zé Roberto foi escorregadio. "Só depois do Mundial".
Na onda de Kaká, o volante também apontou a movimentação na frente como essencial para o sucesso do esquema "que deu certo na Copa das Confederações e nas Eliminatórias". Segundo ele, "a selecao brasileira sempre joga tentando envolver o adversário, pela facilidade do toque de bola rápido. E, para isso, a movimentação é fundamental".
Crente em uma melhor performance da equipe, sem a pressão da estréia, Zé Roberto disse que a principal falha contra a Croácia que deve ser evitada hoje é em relação à distância entre os setores. "Não pode haver muita distância entre meio, defesa e ataque. Demos muito espaço e, por isso, algumas vezes fomos envolvidos pelo adversário", constatou o atleta.